
Por Joanna Plucinska e Ilona Wissenbach
FRANKFURT, 18 Dez (Reuters) - O grupo aéreo alemão Lufthansa LHAG.DE prevê um crescimento de 6% na oferta de aeronaves para seus voos de longa distância em 2026, afirmou o presidente-executivo Carsten Spohr, acrescentando que a empresa espera a entrega de uma nova aeronave de fuselagem larga a cada duas semanas para impulsionar esse crescimento.
A Lufthansa busca internacionalizar seus negócios e construir suas rotas intercontinentais (link) como parte de uma estratégia mais ampla para aumentar a margem de lucro para 8% a 10% entre 2028 e 2030.
Spohr disse à Reuters que o crescimento da capacidade será mais limitado em rotas de curta distância, onde a empresa busca maior eficiência.
"Agora vamos nos integrar ainda mais ao nosso sistema de hubs, o que nos permitirá limitar o crescimento em voos de curta distância e, mesmo assim, expandir em voos de longa distância, o que faremos em 6% no próximo ano", disse Spohr nos escritórios da Lufthansa em Frankfurt.
Spohr afirmou que o crescimento da capacidade total deverá ser de cerca de 3,5%, ligeiramente abaixo da projeção anterior para 2026, que era de cerca de 4%.
"Não precisamos mais conectar todos os centros de conexão a todos os destinos de curta distância", acrescentou ele na entrevista.
Spohr afirmou que a Lufthansa pretende aumentar a frequência de voos em algumas de suas principais rotas em 2026 e que novas rotas poderão ser lançadas em 2027, utilizando a capacidade extra proveniente das entregas de aeronaves.
Companhias aéreas, incluindo a Lufthansa, têm enfrentado dificuldades com atrasos na entrega de aeronaves por parte dos fornecedores Boeing BA.N e Airbus AIR.PA, o que significa que elas tiveram que continuar voando com jatos menos eficientes.
Com as novas metas de crescimento da oferta, a Lufthansa deverá atingir cerca de 98% da sua capacidade de oferta pré-COVID-19. Air France KLM AIRF.PA e a IAG ICAG.L já ultrapassaram os níveis que apresentavam antes da pandemia este ano.
O progresso mais lento da Lufthansa deveu-se em parte ao fato de a empresa ter passado a oferecer menos voos de curta distância, após a redução dos voos domésticos na Alemanha devido ao aumento de impostos e taxas.