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Tailândia promete continuar lutando contra Camboja após declaração de cessar-fogo de Trump

Reuters13 de dez de 2025 às 13:40

- O primeiro-ministro interino da Tailândia, Anutin Charnvirakul, prometeu neste sábado continuar lutando na fronteira disputada com o Camboja, enquanto caças atacavam alvos horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito que havia mediado um novo cessar-fogo.

A Tailândia "continuará realizando ações militares até que não sintamos mais danos nem ameaças à nossa terra e ao nosso povo", afirmou Anutin.

Trump, que mediou um cessar-fogo na longa disputa de fronteira em outubro, conversou com Anutin e o primeiro-ministro cambojano Hun Manet na sexta-feira e disse que eles concordaram em "cessar todos os disparos".

Nenhum dos dois mencionou qualquer acordo em declarações após suas ligações com Trump, e Anutin afirmou que não houve cessar-fogo. "Quero deixar claro. Nossas ações desta manhã já falaram por si", publicou Anutin no Facebook.

A Casa Branca não respondeu ao pedido de comentários sobre a continuidade dos confrontos.

Hun Manet, em um comunicado divulgado neste sábado no Facebook, afirmou que acolheu favoravelmente a proposta do primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, que tem atuado como mediador nas negociações de paz, de cessar as hostilidades a partir da noite de sábado.

Em uma publicação no Facebook, Anwar, presidente da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), instou ambos os lados a "se absterem de quaisquer outras ações militares, incluindo o uso da força ou o avanço de unidades armadas", a partir das 12h (de Brasília).

Ele afirmou que uma equipe de observadores da Asean, liderada pelo chefe das forças de defesa da Malásia, seria enviada para a fronteira e que o governo dos EUA forneceria recursos de monitoramento por satélite.

Ao ser questionado por repórteres sobre a proposta da Malásia, Anutin afirmou que "não houve nenhum acordo para suspender nada".

O ministro das Relações Exteriores da Tailândia declarou em coletiva de imprensa que o país cooperaria com a equipe de observadores, mas que qualquer cessar-fogo precisaria ser precedido de negociações.

"Não podemos simplesmente anunciar um cessar-fogo enquanto os combates continuam", disse ele.

O contra-almirante Surasant Kongsiri, porta-voz do Ministério da Defesa tailandês, afirmou neste sábado que confrontos ocorreram em sete províncias fronteiriças e que o Camboja disparou armamento pesado, "tornando necessária a retaliação da Tailândia".

O exército informou que dois civis ficaram gravemente feridos após um foguete cair na província de Sisaket.

O Ministério da Informação do Camboja afirmou que as forças tailandesas atacaram pontes e edifícios e dispararam artilharia de um navio de guerra.

Centenas de milhares de pessoas em ambos os lados da fronteira foram deslocadas desde o início dos novos confrontos.

(Reportagem de Panu Wongcha-um, Chantha Lach e Thomas Suen)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS PAL

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