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Líderes de Alemanha e França mostram cautela sobre pressão dos EUA pela paz na Ucrânia, informa Spiegel

Reuters4 de dez de 2025 às 17:58

- O presidente francês e o chanceler alemão expressaram ceticismo em relação à direção que os esforços dos EUA para negociar a paz entre a Ucrânia e a Rússia estão tomando, segundo a revista alemã Spiegel, que citou a transcrição de uma ligação confidencial.

Em uma reportagem nesta quinta-feira, a Spiegel disse que, na ligação com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, e outros líderes europeus, Emmanuel Macron, da França, alertou que os Estados Unidos poderiam insistir que a Ucrânia fizesse concessões territoriais à Rússia sem garantias para evitar futuras agressões russas.

"Há uma chance de que os EUA traiam a Ucrânia em relação ao território sem clareza sobre as garantias de segurança", disse ele, de acordo com a revista.

Na ligação realizada na segunda-feira, Friedrich Merz, da Alemanha, advertiu Zelenskiy de que os negociadores dos EUA estão "brincando" e que ele deve ser "muito cuidadoso" nos próximos dias, segundo a reportagem da Spiegel.

Berlim se recusou a comentar, enquanto o gabinete do presidente francês não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

"O presidente não se expressou com essas palavras", disse o Palácio do Eliseu, segundo a Spiegel.

Quando solicitado a comentar, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França, Pascal Confavreux, disse aos repórteres em uma reunião: "Não me vejo comentando sobre supostos vazamentos. Não pode haver dúvidas sobre nosso apoio à Ucrânia e a intensidade de nossos contatos com o lado norte-americano".

Na segunda-feira, líderes europeus se reuniram para demonstrar apoio a Zelenskiy após as negociações entre os EUA e a Ucrânia para revisar uma proposta de paz que inicialmente favorecia a Rússia.

O presidente russo, Vladimir Putin, recebeu os enviados dos EUA Steve Witkoff e Jared Kushner no Kremlin na terça-feira.

Na quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o caminho a seguir para as negociações de paz não estava claro após o que ele chamou de conversas "razoavelmente boas" entre seus enviados e Putin.

(Reportagem de Andreas Rinke em Berlim e Gabriel Stargardter e Dominique Vidalon em Paris)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS AC

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