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Trump consegue a rejeição do caso de interferência nas eleições de 2020 no Estado da Geórgia

Reuters26 de nov de 2025 às 18:58

- Um promotor retirou nesta quarta-feira todas as acusações criminais no Estado da Geórgia contra o presidente dos EUA, Donald Trump, por interferência na eleição presidencial de 2020, encerrando um caso de extorsão de alto nível que antes parecia uma ameaça significativa para o republicano.

A decisão de Peter Skandalakis, uma autoridade estadual que recentemente assumiu a acusação, foi uma derrota contundente para a promotora distrital do condado de Fulton, Fani Willis, que apresentou o caso em 2023, mas depois perdeu o controle dele em meio a queixas éticas de advogados de defesa.

O caso foi um dos quatro processos criminais que Trump enfrentou desde que perdeu sua tentativa de reeleição presidencial em 2020 para o democrata Joe Biden. Apenas um desses casos -- um de Nova York relacionado ao pagamento de suborno a uma estrela pornô durante sua campanha de 2016 -- foi a julgamento. Ele foi considerado culpado no caso de Nova York, mas pediu que o caso fosse arquivado.

Skandalakis disse em um documento judicial que "não há perspectiva realista de que um presidente em exercício seja obrigado a comparecer à Geórgia para ser julgado", portanto seria "fútil e improdutivo" levar o caso adiante.

Skandalakis disse que sua decisão, que foi aprovada por um juiz na manhã desta quarta-feira, "não é guiada por um desejo de avançar uma agenda, mas é baseada em minhas crenças e compreensão da lei".

Steve Sadow, advogado de Trump, elogiou a decisão de rejeitar o caso, dizendo que o mesmo nunca deveria ter sido apresentado.

Willis havia aberto o processo contra Trump e 18 corréus, acusando-os de uma ampla conspiração criminosa para reverter os resultados das eleições de 2020 na Geórgia, depois que uma gravação veio à tona na mídia em que Trump pedia à principal autoridade eleitoral da Geórgia para "encontrar" votos suficientes para ele ganhar no Estado.

Os corréus incluíam os ex-advogados de Trump Rudy Giuliani e John Eastman, que, assim como Trump, se declararam inocentes.

Um tribunal de recursos retirou Willis, uma democrata eleita em Atlanta, do caso no ano passado. O tribunal disse que ela havia criado uma "aparência de impropriedade" por ter um relacionamento amoroso com o promotor especial que ela havia contratado para trabalhar no caso.

Skandalakis dirige o Conselho de Promotores da Geórgia, uma agência governamental que apoia os promotores locais do Estado. No início deste mês, ele se nomeou para liderar o caso, dizendo que não havia conseguido encontrar outro promotor disposto a assumir o caso.

Anthony Michael Kreis, professor de direito da Georgia State University, disse que a decisão de Skandalakis de retirar as acusações não foi surpreendente. A agência que ele supervisiona não tem os recursos para processar um caso tão complexo com vários corréus, disse Kreis.

(Reportagem de Bhargav Acharya e Jasper Ward)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS AC

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