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Trump diz que Zelenskiy terá que aprovar plano de paz apoiado pelos EUA

Reuters21 de nov de 2025 às 22:35

- O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, terá que apoiar um plano de paz patrocinado pelos EUA para interromper a invasão da Rússia e, por fim, aprová-lo, disse o presidente dos EUA, Donald Trump, a repórteres nesta sexta-feira.

Trump, falando no Salão Oval após uma reunião com o prefeito eleito de Nova York, Zohran Mamdani, repetiu que esperava resolver a guerra muito antes, acrescentando: "São necessários dois para dançar o tango".

Trump disse que o inverno que se aproxima, o crescente número de mortos e os repetidos ataques às usinas de energia ucranianas ressaltam a urgência de acabar com a guerra.

"Nós temos um plano. É horrível o que está acontecendo", disse Trump. "Temos uma maneira de conseguir a paz, ou achamos que temos uma maneira de chegar à paz. Ele terá que aprová-lo", acrescentou, referindo-se a Zelenskiy.

O plano de 28 pontos de Washington pede que a Ucrânia ceda território, aceite limites para suas Forças Armadas e renuncie às ambições de entrar para a Otan. Ele também contém algumas propostas às quais Moscou pode se opor e exige que suas forças se retirem de algumas áreas que capturaram, de acordo com um rascunho visto pela Reuters.

O presidente russo Vladimir Putin, que anteriormente se recusou a ceder em relação às principais demandas territoriais e de segurança da Rússia, disse nesta sexta-feira que o plano dos EUA poderia ser a base de uma resolução final para o conflito de quase quatro anos. Ele disse que Kiev era contra o plano, mas nem ela nem seus aliados europeus entendiam a realidade dos avanços russos na Ucrânia.

Zelenskiy alertou nesta sexta-feira que a Ucrânia corre o risco de perder sua dignidade e liberdade -- ou o apoio de Washington -- por causa de um plano de paz dos EUA que endossa as principais exigências russas.

Questionado sobre o comentário de Zelenskiy, Trump disse que havia dito a Zelenskiy, em uma reunião no Salão Oval em fevereiro, que o líder ucraniano não "tinha as cartas" para encerrar o conflito apenas em seus termos.

"Em algum momento, ele terá que aceitar algo que não aceitou", disse ele. "Eu acho que ele deveria ter feito um acordo há um ano, dois anos atrás. O melhor acordo teria sido se isso nunca tivesse começado."

(Reportagem de Andrea Shalal, Steve Holland e Gram Slattery)

((Tradução Redação São Paulo)) REUTERS AC

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