Comédia romântica "Eternity" faz perguntas existenciais sobre vida após a morte

Por Hanna Rantala

LONDRES, 18 Nov (Reuters) - Os atores Elizabeth Olsen e Miles Teller dizem que seu novo filme "Eternity" combina comédia, romance e grandes questões filosóficas.

O filme se passa na vida após a morte, onde as pessoas voltam à idade em que eram mais felizes e têm uma semana para escolher seu destino final.

Teller e Olsen interpretam o casal de idosos Larry e Joan Cutler, que, ao chegarem, ficam chocados ao encontrar o primeiro marido de Joan, Luke (Callum Turner), que morreu na Guerra da Coreia e a espera desde então. Além de escolher sua eternidade, Joan também precisa escolher com quem compartilhá-la.

"Ele faz as pessoas rirem, mas é surpreendentemente emocionante porque é um filme sincero", disse Olsen na pré-estreia do filme em Londres na segunda-feira. "Acho que ele faz com que todos nós reflitamos de forma diferente, seja sobre pessoas que perdemos ou pessoas com as quais esperamos nos reunir, ou como analisamos nossos relacionamentos pessoais com diferentes tipos de amor."

Teller disse: "A morte é algo inevitável e este filme é uma maneira muito inteligente de encará-la".

"Certamente não acho que meu personagem tenha pensado que estaria em uma competição, um triângulo amoroso, por sua esposa."

A estrela dos filmes "Top Gun: Maverick" e "Whiplash" disse que sua atuação foi inspirada em seus próprios avós, que foram casados por seis décadas. Seu avô faleceu no ano passado.

"Meu avô era fuzileiro naval na época, mas também era muito sensível às necessidades das mulheres. Minha avó nunca carregou sua própria bolsa, nunca abriu sua própria porta. Ele foi um grande exemplo para mim", disse Teller.

Dirigido e coescrito por David Freyne, o filme da A24 apresenta uma oferta interminável de felizes para sempre. Os recém-chegados se deparam com uma série de anúncios e vendedores experientes que promovem reinos que vão desde o Mundo da Praia, o Mundo da Comida e o Mundo da Academia até o Mundo Livre de Homens e o Mundo da Infantilização. Há apenas uma ressalva: a escolha, feita uma única vez, é definitiva.

Ajudando o trio a navegar em suas transições estão os coordenadores da vida após a morte Anna e Ryan, interpretados por Da'Vine Joy Randolph e John Early.

"Quando estávamos fazendo o filme com o elenco, refletimos sobre o que nos fazia felizes e quem era importante em nossas vidas", disse Freyne. "Embora o filme se passe na vida após a morte, para mim ele tem menos a ver com a morte e mais com a vida."

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS AC