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Autor húngaro-britânico David Szalay ganha Booker Prize com "Flesh"

Reuters11 de nov de 2025 às 00:00

- David Szalay ganhou o Booker Prize de 2025 com seu romance "Flesh" nesta segunda-feira, tornando-se o primeiro autor húngaro-britânico a ganhar um dos principais prêmios do mundo de língua inglesa.

Escrito em prosa simples -- caracterizada pela brevidade e pela falta de detalhes desnecessários -- o livro acompanha um homem preso em uma série de eventos fora de seu controle ao longo de décadas. Ele traça sua ascensão de um conjunto habitacional na Hungria para as mansões dos super-ricos de Londres.

"Uma meditação sobre classe, poder, intimidade, migração e masculinidade, 'Flesh' é um retrato convincente de um homem e das experiências formadoras que podem reverberar por toda a vida", disseram os organizadores da cerimônia de premiação em Londres em um comunicado.

Além do prêmio de 50.000 libras (US$67.000) para o vencedor, bem como um prêmio de 2.500 libras para cada um dos autores e tradutores pré-selecionados, os escritores também ganham um impulso na popularidade e se beneficiam do aumento das vendas de livros.

"Embora meu pai seja húngaro, nunca me senti totalmente em casa na Hungria. Suponho que sempre fui um pouco estranho lá e, vivendo longe do Reino Unido e de Londres por tantos anos, também tive um sentimento semelhante em relação a Londres", disse Szalay à BBC Radio.

"Eu realmente queria escrever um livro que se estendesse entre a Hungria e Londres e envolvesse um personagem que não se sentisse em casa em nenhum dos dois lugares."

O romance foi o sexto trabalho de ficção do autor nascido no Canadá. Ele foi selecionado em 2016 por seu livro "All That Man Is", que contava a história de nove homens em vários estágios da vida.

"Nunca havíamos lido nada parecido. É, em muitos aspectos, um livro sombrio, mas é uma alegria lê-lo", disse Roddy Doyle, presidente do júri deste ano, na declaração compartilhada pelos organizadores.

"Acho que nunca li um romance que usasse tão bem o espaço em branco da página. É como se o autor... estivesse convidando o leitor a preencher o espaço, a observar -- quase a criar -- o personagem com ele."

(Reportagem de Muvija M)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS AC

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