Trump diz que ajudará criador de "Dilbert", Scott Adams, a obter tratamento contra câncer

3 Nov (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no domingo que ajudaria o criador da história em quadrinhos "Dilbert" a receber tratamento para seu câncer de próstata metastático, depois que o cartunista fez um apelo direto a ele nas redes sociais.

"É para já", respondeu Trump em uma breve publicação nas redes sociais, depois que o cartunista Scott Adams publicou que pediria ajuda a Trump para que seu provedor de serviços de saúde, a Kaiser Permanente, do norte da Califórnia, agendasse seu tratamento com o medicamento de radioterapia direcionada Pluvicto.

"Estou definhando rapidamente", escreveu Adams no X. O tratamento "me dará uma chance de lutar para permanecer neste planeta um pouco mais".

Adams disse que a Kaiser Permanente aprovou sua solicitação para receber o Pluvicto, mas "deixou a bola cair" ao programar sua infusão intravenosa.

A Kaiser Permanente disse em um comunicado que a equipe de oncologia de Adams "está trabalhando junto com ele nas próximas etapas do tratamento do câncer, que já estão em andamento".

A empresa acrescentou que, desde a aprovação do medicamento, tratou mais de 150 pacientes com o medicamento no norte da Califórnia. "Conhecemos esse medicamento e essa doença", disse.

A Casa Branca não respondeu às perguntas sobre a ajuda a Adams, que tem sido um apoiador declarado de Trump nos últimos anos.

O secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Robert F. Kennedy, também respondeu nas mídias sociais: "O presidente quer ajudar".

A farmacêutica suíça Novartis NOVN.S, que produz o Pluvicto, disse no mês passado que o medicamento reduziu em 28% o risco de progressão ou morte em pacientes com câncer de próstata. O Pluvicto faz parte de uma classe de medicamentos que combina partículas radioativas que matam as células com moléculas que se ligam aos tumores.

A história em quadrinhos "Dilbert" foi publicada pela primeira vez em 1989 e durou décadas. Em seu auge, foi uma das histórias em quadrinhos de maior circulação nos Estados Unidos, mas muitos jornais a abandonaram em 2023 depois que um discurso racista de Adams apareceu no YouTube.

Adams chamou os negros norte-americanos de "grupo de ódio" e sugeriu que os norte-americanos brancos "se afastassem dos negros", em resposta a uma pesquisa de uma organização conservadora que pretendia mostrar que muitos afro-americanos não achavam que ser branco era aceitável.

Posteriormente, ele disse que seus comentários tinham a intenção de ser uma hipérbole e que ele repudiava os racistas. Disse ainda que as reportagens da mídia ignoraram o contexto de seus comentários.

(Reportagem de Kristina Cooke, em San Francisco)

((Tradução Redação São Paulo))

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