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Reunião entre Trump e Xi reanima esperança de trégua comercial entre EUA e China

Reuters29 de out de 2025 às 18:16

Por Trevor Hunnicutt e Michael Martina e David Brunnstrom

- Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, se preparam para se reunir na quinta-feira, os negociadores dos EUA sinalizaram que buscam um retorno à frágil trégua da guerra comercial, mas as tensões permanecem altas e as fricções econômicas de longo prazo provavelmente persistirão entre os rivais geopolíticos.

Trump expressou repetidamente seu otimismo quanto à possibilidade de chegar a um acordo quando se encontrar com Xi em Busan, Coreia do Sul, à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec). Será o primeiro encontro cara a cara entre eles desde o primeiro mandato de Trump.

Mas com os dois países cada vez mais dispostos a jogar duro em áreas de competição econômica e geopolítica -- o que os analistas veem como uma nova Guerra Fria -- muitas perguntas permanecem sobre quanto tempo qualquer distensão comercial pode durar.

A guerra comercial se intensificou neste mês depois que Pequim propôs uma expansão drástica das restrições sobre exportações de minerais de terras raras vitais para aplicações de alta tecnologia. A China domina o fornecimento global desses minerais.

Trump prometeu retaliar com tarifas adicionais de 100% sobre as exportações chinesas e com outras medidas, incluindo possíveis restrições sobre exportações para a China feitas com software dos EUA -- medidas que poderiam ter abalado a economia global.

Após uma movimentação intensa no fim de semana entre os principais negociadores comerciais dos dois países, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que espera que Pequim adie os controles sobre as terras raras por um ano e retome as compras de soja dos EUA, essenciais para os agricultores norte-americanos, como parte de uma "estrutura" de acordo a ser avaliada por Trump e Xi.

Antes da cúpula, a China comprou suas primeiras cargas de soja dos EUA em vários meses, informou a Reuters com exclusividade nesta quarta-feira.

Ryan Hass, especialista em China da Brookings Institution, disse, no entanto, que ambos os lados relutarão em abrir mão do controle de bens e tecnologias dos quais o outro lado depende.

"Esses pontos de estrangulamento permanecerão, com as armas carregadas sobre a mesa, enquanto os dois líderes procuram maneiras de reduzir a dependência um do outro em relação a insumos essenciais", disse ele.

A Casa Branca sinalizou que espera que a cúpula seja a primeira de várias entre Trump e Xi no próximo ano, incluindo possíveis visitas de líderes a cada país, indicando um processo de negociação prolongado.

(Reportagem de Michael Martina, David Brunnstrom, David Lawder, Trevor Hunnicutt e Daphne Psaledakis)

((Tradução Redação São Paulo))

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