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Crianças haitianas deslocadas pela violência quase dobram em um ano, diz Unicef

Reuters8 de out de 2025 às 17:21

- A violência crescente no Haiti deslocou 680.000 crianças, quase o dobro do número de um ano atrás, à medida que grupos armados aumentam o controle e os serviços públicos entram em colapso, informou o Unicef nesta quarta-feira.

A agência estima que mais de 6 milhões de pessoas -- mais da metade da população, incluindo 3,3 milhões de crianças -- precisam agora de assistência humanitária.

O aumento do número de deslocados, combinado com a deterioração dos serviços de saúde e educação e o aumento da violência das gangues, ressalta os riscos crescentes para milhões de haitianos, especialmente para as crianças.

"As crianças no Haiti estão sofrendo violência e deslocamento em uma escala assustadora", disse a diretora executiva do Unicef, Catherine Russell. "Cada vez que são forçadas a fugir, elas perdem não apenas suas casas, mas também a chance de ir à escola e simplesmente de serem crianças."

De acordo com o Unicef, mais de 1 milhão de crianças enfrentam níveis críticos de insegurança alimentar. Estima-se que cerca de 288.500 crianças com menos de 5 anos de idade sofrerão de desnutrição aguda em 2025. Cerca de 2,7 milhões de pessoas estão vivendo em áreas controladas por grupos armados, enquanto o deslocamento interno subiu para 246.000 até agora neste ano.

Mais de 1,3 milhão de pessoas foram forçadas a deixar suas casas, sendo que as crianças estão suportando cada vez mais o peso da crise, alertou a agência.

As gangues armadas expandiram seu controle em grande parte do Haiti, sobrecarregando as forças policiais locais e forçando os grupos humanitários a reduzir suas operações.

No mês passado, o Conselho de Segurança da ONU aprovou um plano apoiado pelos EUA para expandir uma missão de segurança internacional enviada para apoiar as autoridades haitianas. A força, lançada há mais de 15 meses, continua com falta de financiamento, pessoal e equipamentos.

(Reportagem de Harold Isaac em Porto Príncipe)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS AC

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