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TREASURIES-Rendimentos sobem após paralisação dos EUA adiar relatório sobre empregos

Reuters3 de out de 2025 às 20:51

Por Davide Barbuscia

- Os rendimentos dos Treasuries tinham leve alta em dia de negociações fracas nesta sexta-feira, conforme o adiamento da divulgação de dados sobre o mercado de trabalho devido à paralisação do governo dos Estados Unidos deixou o mercado sem muita direção.

Com o fechamento do governo dos EUA na quarta-feira, depois que os parlamentares não conseguiram chegar a um acordo de financiamento, o Departamento do Trabalho suspendeu a divulgação do relatório mensal sobre empregos, programado para esta sexta-feira, que era crucial para o Federal Reserve e para investidores avaliarem a saúde da economia norte-americana e a direção da taxa de juros.

Isso deixou participantes do mercado buscarem um cenário da economia em estimativas alternativas e pesquisas privadas divulgadas nesta semana, que continuaram a apontar para uma desaceleração gradual no mercado de trabalho.

"Estamos presos em um mundo onde temos que viver com os dados privados e não com os dados do governo, e isso causa uma boa dose de incerteza em relação ao que deveríamos estar fazendo em termos de direção", disse Art Hogan, estrategista-chefe de mercado da B. Riley Wealth.

O dado mais observado nesta sexta-feira foi o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços para setembro do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM). Esse índice mostrou que a atividade do setor de serviços estagnou em setembro, em meio a uma desaceleração no volume de novos pedidos, enquanto o nível de emprego moderado aumentou as evidências de condições lentas no mercado de trabalho.

Os rendimentos dos Treasuries, que se movem inversamente aos preços, não sofreram grandes alterações após os dados do ISM, exceto por uma breve queda nos rendimentos de dois anos.

Enquanto isso, comentários de autoridades do Fed mostraram uma diversidade de opiniões dentro do banco central sobre a provável trajetória da taxa de juros.

O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, disse que está hesitante em se comprometer com uma série de cortes nos juros com a inflação ainda acima da meta de 2% do banco central. Por outro lado, o diretor do Fed Stephen Miran, um dos principais assessores econômicos do presidente Donald Trump, defendeu uma política monetária muito mais frouxa.

Operadores de juros futuros atribuíam uma probabilidade de 97% de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Fed neste mês, segundo dados da CME.

Os rendimentos do Treasury de referência de dez anos US10YT=RR subiam cerca de 2,5 pontos-base, para 4,115%.

Os retornos da nota de dois anos US2YT=RR avançavam 2 pontos-base, para 3,569.

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS VB

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