
Por Patricia Zengerle
WASHINGTON, 17 Set (Reuters) - Uma comissão do Senado dos Estados Unidos aprovou dezenas de indicações do presidente norte-americano, Donald Trump, para postos diplomáticos nesta quarta-feira, enquanto os colegas republicanos do presidente trabalhavam para mudar as regras do Senado para facilitar a confirmação de suas escolhas.
O Comitê de Relações Exteriores do Senado considerou 36 indicados, incluindo escolhas de alto nível como o ex-conselheiro de segurança nacional Michael Waltz para ser o embaixador dos EUA nas Nações Unidas e o diretor do Escritório de Pessoal Presidencial da Casa Branca, Sergio Gor, para ser o embaixador na Índia.
Os votos do comitê foram, em grande parte, de acordo com as linhas partidárias. Os democratas, em sua maioria, se opuseram às escolhas de Trump e os republicanos as aprovaram quase unanimemente.
O apoio da comissão prepara a consideração pelo plenário do Senado inteiro, onde os republicanos de Trump têm uma maioria de 53 votos a 47 e confirmaram todos os indicados que foram submetidos à votação.
Depois de meses de reclamações de que os democratas estavam atrasando as escolhas de Trump para muitos cargos de alto nível no governo, os republicanos recorreram à chamada opção nuclear neste mês para mudar as regras do Senado e dar ao partido minoritário menos capacidade de atrasar centenas dessas indicações.
As divisões partidárias no Senado se ampliaram desde que Trump iniciou seu segundo mandato em 20 de janeiro. Os republicanos apoiaram quase que unanimemente os indicados e as iniciativas de Trump, enquanto os democratas se opuseram a elas. Cada partido acusou o outro de se recusar a fazer concessões.
Em maio, o Comitê de Relações Exteriores apoiou cinco indicados para postos diplomáticos, apesar do boicote dos democratas. Foi uma mudança notável para o colegiado, que há muito tempo é conhecido pelo bipartidarismo.
Por exemplo, o comitê conduziu a confirmação unânime em janeiro do então senador Marco Rubio para ser o secretário de Estado de Trump.
Apesar da mudança nas regras, não ficou imediatamente claro se Waltz poderia ser confirmado pelo plenário a tempo de ser o representante oficial dos EUA na Assembleia Geral da ONU em Nova York na próxima semana.
O Senado tem uma agenda cheia, incluindo negociações para manter o governo aberto após o fim do ano fiscal em 30 de setembro, antes de deixar Washington para um recesso na próxima semana.
((Tradução Redação São Paulo))
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