WASHINGTON, 11 Set (Reuters) - O vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, alertou nesta quinta-feira que Washington pode tomar medidas contra estrangeiros que elogiem, racionalizem ou minimizem o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, acrescentando que instruiu funcionários consulares a tomarem as medidas cabíveis.
"À luz do terrível assassinato de ontem de uma figura política importante, quero enfatizar que os estrangeiros que glorificam a violência e o ódio não são visitantes bem-vindos em nosso país", disse Landau em uma publicação na plataforma X.
"Fiquei enojado ao ver algumas pessoas nas redes sociais elogiando, racionalizando ou fazendo pouco caso do evento e orientei nossos funcionários consulares a tomar as medidas adequadas."
Landau não entrou em detalhes sobre a ação.
Alguns usuários responderam à publicação de Landau com capturas de tela de perfis e publicações, embora não tenha ficado claro se as contas sinalizadas por eles eram de portadores de visto norte-americano.
O número dois do Departamento de Estado respondeu a alguns desses comentários, dizendo que iria instruir os funcionários consulares a monitorar os comentários na publicação, que até a tarde desta quinta-feira tinha mais de 2.000 respostas.
Questionado sobre a publicação de Landau, um porta-voz do Departamento de Estado disse que "este governo não acredita que os Estados Unidos devam conceder vistos a pessoas cuja presença em nosso país não esteja alinhada com os interesses de segurança nacional dos EUA".
Ele não respondeu, no entanto, às perguntas sobre se alguém havia sido identificado para ter o visto revogado ou como os funcionários consulares avaliariam as pessoas indicadas em resposta à publicação de Landau.
Kirk, um autor de 31 anos, apresentador de podcast e aliado próximo do presidente dos EUA, Donald Trump, ajudou a construir o apoio do Partido Republicano entre os eleitores mais jovens.
Ele foi morto na quarta-feira com um único tiro enquanto dava uma palestra em uma universidade em Utah, no que o presidente Donald Trump chamou de "assassinato hediondo".
O governo Trump tem empreendido uma ampla repressão à imigração, incluindo uma intensificação da verificação de redes sociais e a revogação de milhares de vistos de estudante, além de tentar encurtar a duração de outros.
(Reportagem de Daphne Psaledakis, Simon Lewis e Humeyra Pamuk)
((Tradução Redação Brasília))
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