
BRASÍLIA, 5 Set (Reuters) - O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta sexta-feira que decisões da autarquia em casos como a operação entre BRB e o Banco Master são tomadas pela diretoria da autoridade monetária de forma colegiada.
Em entrevista à imprensa, Galípolo não comentou detalhes do caso, argumentando que as informações das instituições envolvidas são protegidas por sigilo.
A Reuters mostrou na quinta-feira que o BRB BSLI3.SA está avaliando uma nova proposta para ativos do Banco Master, segundo uma fonte familiarizada com o assunto, depois que o BC bloqueou sua oferta inicial.
Em outro tema, Galípolo afirmou que o BC acompanha as sanções anunciadas pelos Estados Unidos no escopo da Lei Magnitsky, aplicada contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Após classificar a motivação das sanções dos EUA envolvendo o Brasil como "inusitadas", o presidente do BC disse que a autarquia tem dialogado sobre o tema com instituições financeiras, não vendo riscos maiores para o sistema.
No final de julho, o governo dos EUA acionou a Lei Magnitsky contra Moraes acusando-o de autorizar prisões arbitrárias e de suprimir a liberdade de expressão. O magistrado é relator do processo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu, acusado de tramar um golpe de Estado após perder a eleição presidencial de 2022.