
Por Phil Stewart e Kanishka Singh
WASHINGTON, 5 Set (Reuters) - Dois caças F-16 venezuelanos sobrevoaram um destróier da Marinha dos EUA no Caribe na quinta-feira, disse uma autoridade norte-americana à Reuters, desencadeando uma severa advertência dos EUA à Venezuela contra a interferência nas crescentes operações militares dos EUA no Caribe.
O incidente, que, segundo o Pentágono, ocorreu em águas internacionais, aumenta ainda mais as tensões apenas dois dias depois que um ataque dos EUA matou 11 pessoas a bordo de um navio da Venezuela que, de acordo com o presidente Donald Trump, estava transportando narcóticos ilegais.
Especialistas jurídicos levantaram questões sobre o ataque, apesar dos argumentos do governo Trump de que tem autoridade para atacar supostos membros da gangue criminosa Tren de Aragua que traficam drogas para os Estados Unidos, depois que Washington a designou como organização terrorista no início deste ano.
Em uma declaração concisa confirmando apenas as linhas gerais do incidente, o Pentágono equiparou o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro a um cartel de narcotráfico, alegações que Caracas nega. Trump acusou Maduro de comandar o Tren de Aragua.
"Hoje, duas aeronaves militares do regime de Maduro voaram perto de um navio da Marinha dos EUA em águas internacionais", disse o Pentágono em um comunicado, chamando de "ação altamente provocativa".
"O cartel que governa a Venezuela é fortemente aconselhado a não prosseguir com qualquer esforço para obstruir, deter ou interferir nas operações antidrogas e antiterrorismo realizadas pelas Forças Armadas dos EUA."
O Ministério das Comunicações da Venezuela não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Uma autoridade dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse que os aviões militares venezuelanos eram F-16 e que eles sobrevoaram o USS Jason Dunham.
((Tradução Redação São Paulo))
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