Por Alan Baldwin
LONDRES, 26 Ago (Reuters) - Sergio Pérez disse que não tem nada a provar e que só quer voltar a gostar de correr depois que a Cadillac anunciou o retorno do mexicano à Fórmula 1 na próxima temporada.
Pérez, 35 anos, não compete desde que foi dispensado pela Red Bull no final de uma difícil temporada de 2024 e com dois anos restantes em seu contrato.
Na terça-feira, o piloto, que já venceu corridas, falou de sua empolgação com o projeto Cadillac depois de assinar com a equipe, que estreará ano que vem e que também terá o igualmente experiente Valtteri Bottas.
"Meu principal objetivo é me divertir (novamente)", disse Pérez aos repórteres em uma chamada de vídeo com Bottas ao lado. "Quero voltar a me divertir e esse projeto me traz de volta esse entusiasmo."
"Não podia me dar ao luxo de deixar o esporte da forma que deixei, sabe, e é por isso que estou voltando com esse novo projeto."
Pérez terminou a temporada do ano passado 285 pontos atrás do companheiro de equipe na Red Bull, o tetracampeão mundial Max Verstappen, e foi o único piloto das quatro principais equipes a não vencer uma corrida.
Verstappen teve mais dois companheiros de equipe este ano e o piloto holandês marcou 187 dos 194 pontos da Red Bull em 14 corridas, com a equipe também substituindo o diretor Christian Horner.
"Quando você vê a quantidade de pontos que eles marcaram (seus substitutos)... Acho que não tenho nada a provar nesse sentido", disse Pérez.
Bottas disse que não haveria rivalidade com Pérez.
"Estamos aqui para trabalhar juntos. Não precisamos provar nada um para o outro", disse ele, que tem 10 vitórias na carreira e um vice-campeonato mundial, quando ficou atrás de seu ex-companheiro na Mercedes Lewis Hamilton.
"Respeito o Checo, sei que ele me respeita, então estamos juntos nisso e realmente tentando levar a equipe adiante e dar tudo de nós para a equipe."
Bottas disse que estava conversando com o diretor da Cadillac, Graeme Lowdon, há cerca de dois anos sobre a possibilidade de fazer parte do projeto e reconheceu que havia "uma montanha de trabalho a fazer" com um início provavelmente difícil.
"Mas não estamos lá para ficar na parte de trás, não queremos terminar em último e acredito que, com essa estrutura e esse grupo, essas pessoas, não há razão para não conseguirmos acelerar o ritmo e ter algum sucesso", acrescentou.
(Reportagem de Alan Baldwin)
((Tradução Redação São Paulo))
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