LISBOA, 19 Ago (Reuters) - O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou, esta terça-feira, que o processo para tornar a Ucrânia membro da União Europeia tem de avançar e que a Europa tem de fazer parte das futuras negociações de paz, juntamente com Ucrânia, Rússia e Estados Unidos.
Costa, que falou aos membros do Conselho sobre a cimeira de Washington, através de uma videochamada a partir de Lisboa, disse, aos jornalistas, que, apesar de haver muito a fazer e não haver garantias de sucesso, a hipótese de um encontro bilateral entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, e o líder russo, Vladimir Putin, é "um enorme progresso".
"Agora, todos temos de transformar esta possibilidade em realidade, para que a reunião se realize e seja um sucesso", afirmou, apelando à realização de conversações mais alargadas envolvendo a Europa "o mais rapidamente possível".
Ele destacou também a disponibilidade de Washington para participar em garantias de segurança para a Ucrânia como sendo "particularmente importante".
"A base para futuras garantias são as próprias forças armadas da Ucrânia, cuja capacidade precisa de ser reforçada", disse, acrescentando que o futuro da Ucrânia não se resume às medidas de segurança, mas às perspectivas de estabilidade e prosperidade que a adesão à UE trará.
Entretanto, o bloco vai continuar a pressionar a Rússia para que pare a guerra e está a preparar outro pacote de sanções, acrescentou Costa.
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