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Líderes europeus se juntarão a Zelenskiy em encontro com Trump em Washington

Reuters17 de ago de 2025 às 15:32

Por Andrew MacAskill e Tom Balmforth e Max Hunder

- Líderes europeus, incluindo de Alemanha, França e Reino Unido, se juntarão ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, em seu encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington, disseram neste domingo, buscando reforçar sua posição enquanto Trump pressiona por um acordo de paz.

Trump está tentando convencer Zelenskiy a concordar com um acordo depois que ele se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, e neste domingo prometeu "grande progresso em relação à Rússia" em uma publicação nas redes sociais, sem especificar o que poderia ser.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que Trump tinha visto o suficiente para justificar a reunião com Zelenskiy e os europeus na segunda-feira, mas acrescentou que tanto a Rússia quanto a Ucrânia precisarão fazer concessões.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o premiê britânico, Keir Starmer, estavam organizando uma reunião neste domingo para reforçar a posição de Zelenskiy, esperando obter garantias de segurança robustas para a Ucrânia, que incluiriam um papel dos EUA.

De acordo com fontes, os líderes dos EUA e da Rússia discutiram em sua cúpula na sexta-feira propostas para que a Rússia renuncie territórios ocupados na Ucrânia em troca de Kiev ceder uma faixa de terra fortificada no leste e congelar as linhas de frente em outros lugares.

Pelo seu valor nominal, algumas das exigências de Putin seriam extremamente difíceis de serem aceitas pela Ucrânia, preparando o terreno para discussões tensas sobre o fim da guerra mais mortal da Europa em 80 anos, que já se arrasta por 3 anos e meio e matou ou feriu mais de 1 milhão de pessoas.

Os aliados europeus estão ansiosos para ajudar Zelenskiy a evitar uma repetição de sua última reunião no Salão Oval, em fevereiro. O encontro foi desastroso, com Trump e o vice-presidente JD Vance dando uma bronca pública no líder ucraniano, acusando-o de ser ingrato e desrespeitoso.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também viajará para Washington, assim como o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, cujo acesso a Trump incluiu partidas de golfe neste ano, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que é admiradora de muitas das políticas de Trump.

"É importante que Washington esteja conosco", disse Zelenskiy ao lado de Von der Leyen em uma visita a Bruxelas, afirmando que as atuais linhas de frente da guerra devem ser a base para as negociações de paz.

"Putin não quer parar a matança, mas deve fazê-lo."

Von der Leyen disse que os aliados da Ucrânia querem garantias de segurança robustas, sem limites para as Forças Armadas ucranianas e um assento na mesa para Kiev discutir seu território.

As potências europeias querem ajudar a organizar uma reunião trilateral entre Trump, Putin e Zelenskiy para garantir que a Ucrânia tenha um lugar à mesa para moldar seu futuro.

Em entrevista à CBS no domingo, Rubio disse que tanto a Ucrânia quanto a Rússia terão que fazer concessões para chegar a um acordo de paz e que as garantias de segurança para a Ucrânia serão discutidas na segunda-feira.

"Não estou dizendo que estamos à beira de um acordo de paz, mas estou dizendo que vimos movimento, movimento suficiente para justificar uma reunião com Zelenskiy e os europeus, movimento suficiente para dedicarmos ainda mais tempo a isso", disse Rubio.

No entanto, ele disse que os EUA podem não ser capazes de criar um cenário para acabar com a guerra.

Por sua vez, Putin informou seu aliado próximo, o presidente da Belarus, Alexander Lukashenko, sobre as negociações no Alasca, e também conversou com o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev.

Trump disse na sexta-feira que a Ucrânia deveria fazer um acordo para acabar com a guerra porque "a Rússia é uma potência muito grande, e eles não são".

Após a cúpula no Alasca, Trump telefonou para Zelenskiy e lhe disse que o chefe do Kremlin havia oferecido congelar a maioria das linhas de frente se a Ucrânia cedesse Donetsk, a região industrial que é um dos principais alvos de Moscou, disse uma fonte familiarizada com o assunto.

Zelenskiy rejeitou a exigência. A Rússia já controla 20% da Ucrânia, incluindo cerca de 75% da província de Donetsk, onde entrou pela primeira vez em 2014.

Trump também disse que concorda com Putin que um acordo de paz deve ser buscado sem o cessar-fogo prévio exigido pela Ucrânia e seus aliados europeus. Isso foi uma inversão de sua posição antes da cúpula, quando ele disse que não ficaria satisfeito a menos que um cessar-fogo fosse acordado.

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

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