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México quer que Adidas pague por modelo de tênis com inspiração indígena

Reuters8 de ago de 2025 às 23:42

Por Raul Cortes

- O México está à procura da gigante dos calçados Adidas ADSGn.DE em busca de pagamento após um designer mexicano-americano que trabalha com a empresa, Willy Chavarria, lançar um calçado inspirado em uma sandália indígena tradicional, disseram autoridades nesta sexta-feira.

Aclamado nos EUA por seu trabalho ao trazer à tona questões latinas -- incluindo a polêmica coleção que aborda supostos membros de gangues presos na famosa prisão CECOT de El Salvador -- Chavarria lançou recentemente o sapato "Oaxaca Slip On", um tênis com sola coberta com a trama das sandálias huarache do México.

Críticos à ideia argumentam que o sapato usa o nome do Estado do sul do México, um dos principais fabricantes das tradicionais sandálias de couro, enquanto o design de Chavarria é fabricado na China e os artesãos indígenas não recebem nenhum crédito ou benefício da empresa multinacional.

"As grandes empresas geralmente pegam produtos, ideias e designs de comunidades indígenas", disse a presidente Claudia Sheinbaum em sua coletiva de imprensa pela manhã.

"Estamos analisando a parte legal para poder apoiá-las."

A vice-ministra da Cultura, Marina Nunez, confirmou que a Adidas entrou em contato com as autoridades de Oaxaca para discutir "a restituição às pessoas que foram plagiadas".

A disputa é a mais recente encampada pelo México para proteger seus designs tradicionais de empresas globais de moda, tendo anteriormente apresentado queixas contra a Inditex, proprietária da Zara, e a Louis Vuitton.

Nem a Adidas nem Chavarria, nascido nos EUA, filho de mãe irlandesa-americana e pai mexicano-americano, responderam imediatamente a pedidos de comentários.

Chavarria disse ao Sneaker News que pretendia celebrar sua herança cultural por meio de seu trabalho com a Adidas.

"Estou muito orgulhoso de trabalhar com uma empresa que realmente respeita e eleva a cultura da maneira mais verdadeira", disse.

(Reportagem de Raul Cortes)

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS MCM

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