PARIS, 28 Jul (Reuters) - A Fevs, federação francesa de exportadores de vinhos e destilados, disse nesta segunda-feira que o acordo comercial firmado entre a União Europeia e os Estados Unidos deve confirmar a isenção de impostos para o comércio de bebidas alcoólicas.
Desde abril, os impostos dos EUA sobre as bebidas alcoólicas da UE estão provisoriamente fixados em 10%.
No que diz respeito ao vinho, nem tudo foi decidido ainda, disse a federação, pedindo à Comissão Europeia e à França que obtenham um corte nas tarifas alfandegárias.
"O desastre foi evitado, mas os próximos dias serão cruciais para o setor", disse a Fevs em comunicado.
"O acordo (...) deve confirmar a restauração do comércio bilateral livre de tarifas para bebidas alcoólicas, o que estamos ansiosos para ver confirmado nos esperados documentos oficiais", disse o presidente da federação, Gabriel Picard.
"No que diz respeito aos vinhos, ainda não está tudo acertado: é por isso que estamos incentivando a Comissão Europeia e a França a se comprometerem totalmente nessa reta final, para obter a redução das tarifas alfandegárias sobre os vinhos, uma proposta apoiada pelas partes interessadas americanas e europeias", acrescentou.
De acordo com estudo realizado pela Wine & Spirits Wholesalers Association, um aumento de 15% nas tarifas alfandegárias sobre os vinhos resultaria na perda de 17.000 empregos e na perda de mais de US$2,5 bilhões em negócios nos Estados Unidos.
De acordo com o escopo do acordo anunciado no domingo entre as duas economias, que respondem por quase um terço do comércio global, os EUA imporão uma tarifa de importação de 15% sobre a maioria dos produtos da UE a partir do próximo mês, mas oferecem alguma proteção para setores críticos, como automóveis e produtos farmacêuticos.
(Reportagem de Dominique Vidalon, Sybille de la Hamaide)
((Tradução Redação Brasília))
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