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Trump diz que não considerou clemência para Ghislaine Maxwell

Reuters25 de jul de 2025 às 17:54

Por Steve Holland e Nandita Bose

- O presidente Donald Trump disse nesta sexta-feira que não cogita conceder um perdão ou comutação de pena para Ghislaine Maxwell, associada de longa data do criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein, caso que voltou à tona em meio a furor político.

"É algo em que não pensei", disse Trump a jornalistas ao ser questionado sobre a possibilidade de um perdão para Maxwell. "Tenho permissão para fazê-lo, mas é algo em que não pensei."

Maxwell cumpre sentença de 20 anos em uma prisão federal em Tallahassee, Flórida, depois de ser considerada culpada em 2021 por ajudar Epstein a abusar sexualmente de adolescentes. Atualmente, ela recorre de sua sentença.

Trump tem sofrido crescente pressão de partidários e oponentes políticos para divulgar mais informações da investigação do Departamento de Justiça sobre Epstein, financista em desgraça que, segundo autoridades, morreu por suicídio em 2019 enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual.

No início deste ano, a procuradora-geral Pam Bondi prometeu divulgar materiais adicionais relacionados a possíveis clientes de Epstein e às circunstâncias que cercaram sua morte. Neste mês, no entanto, o Departamento de Justiça reverteu a decisão e concluiu que não havia base para prosseguir com a investigação, nem evidências de uma lista de clientes — o que gerou indignação entre apoiadores de Trump, que há tempos vinham acusando o governo de acobertar ligações de Epstein com ricos e poderosos.

O procurador-geral adjunto dos EUA, Todd Blanche, ex-advogado pessoal de Trump, disse que se reuniu com Maxwell na Flórida na quinta-feira e planejava se reunir com ela novamente nesta sexta-feira, após entrar em contato com seus advogados para ver se ela poderia ter "informações sobre qualquer pessoa que tenha cometido crimes contra vítimas".

Questionado sobre o encontro entre Blanche e Maxwell, Trump disse nesta sexta-feira que não estava ciente dos detalhes, apenas que estava ocorrendo.

Em seguida, ele passou para outras alegações, sugerindo que figuras de destaque deveriam ser submetidas a um exame minucioso sobre seus vínculos com Epstein.

"Eles não falam sobre eles. Eles falam de mim. Não tenho nada a ver com o cara", disse Trump.

Trump fez aparições com Epstein em eventos sociais na década de 1990 e no início dos anos 2000. O nome de Trump, juntamente com o de muitas outras pessoas de alto perfil, apareceu várias vezes nos registros de voo do avião particular de Epstein na década de 1990. Trump negou ter estado no avião e não foi acusado de nenhum delito.

(Reportagem de Steve Holland e Nandita Bose em Washington)

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS MCM

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