WASHINGTON, 23 Jul (Reuters) - A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, disse ao presidente Donald Trump em maio que seu nome apareceu nos arquivos do Departamento de Justiça sobre Jeffrey Epstein, o criminoso sexual condenado que morreu na prisão, informou o Wall Street Journal nesta quarta-feira citando altos funcionários do governo.
A Reuters não conseguiu verificar imediatamente a reportagem do Journal, que a Casa Branca classificou como "fake news".
O Departamento de Justiça concluiu no início de julho que não havia base para continuar a investigação sobre Epstein, provocando uma reação negativa dentro da base política de Trump, que exigiu mais informações sobre ricos e poderosos que haviam interagido com Epstein.
"Nada nos arquivos justificava uma investigação ou processo adicional, e entramos com uma moção no tribunal para liberar as transcrições subjacentes do grande júri. Como parte de nosso briefing de rotina, informamos o presidente sobre as descobertas", disseram Bondi e o procurador-geral adjunto Todd Blanche em um comunicado nesta quarta-feira.
Trump não foi acusado de irregularidades relacionadas a Epstein.
Pouco antes, uma juíza do sul da Flórida negou um pedido do Departamento de Justiça para liberar as transcrições do grande júri relacionadas a Epstein, a primeira decisão em uma série de tentativas do governo Trump de divulgar mais informações sobre o caso.
O pedido teve origem em investigações federais sobre Epstein em 2005 e 2007, de acordo com documentos judiciais. O Departamento de Justiça tem pedidos pendentes para liberar transcrições no tribunal federal de Manhattan relacionadas a acusações posteriores feitas contra Epstein e sua ex-associada Ghislaine Maxwell.
A juíza distrital dos EUA, Robin Rosenberg, considerou que o pedido do Departamento de Justiça na Flórida não se enquadrava em nenhuma das exceções às regras que exigem que o material do grande júri seja mantido em segredo.
(Reportagem de Andrew Goudsward)
((Tradução Redação Brasília))
REUTERS MCM