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Reino Unido e Alemanha assinam tratado de amizade, aprofundam laços diante de ameaças

Reuters17 de jul de 2025 às 13:30

Por Sarah Marsh e Elizabeth Piper

- O Reino Unido e a Alemanha assinaram um amplo tratado de amizade nesta quinta-feira, aprofundando os laços em áreas que vão da defesa ao transporte, para marcar a primeira viagem do chanceler alemão, Friedrich Merz, a Londres após assumir o cargo, a mais recente visita para ajudar a redefinir os laços do Reino Unido com a UE.

A viagem de um dia de Merz segue-se a uma visita de Estado de três dias do presidente da França, Emmanuel Macron, ao Reino Unido, sinalizando uma maior cooperação entre as três principais potências da Europa em um momento de ameaças ao continente e incertezas sobre o aliado dos EUA.

"Este é um dia histórico para as relações entre a Alemanha e o Reino Unido", disse Merz na cerimônia de assinatura no museu Victoria and Albert, cofundado pela rainha britânica Vitória e por seu marido, o príncipe Albert, de origem alemã.

"Queremos aprofundar nossa cooperação no campo da defesa, na política externa, mas também na política econômica e doméstica."

Quase uma década depois de o Reino Unido ter votado pela saída da União Europeia, o tratado é, por um lado, um sinal da normalização das relações germano-britânicas, disse Nicolai von Ondarza, do think-tank SWP de Berlim.

"Por outro lado, o tratado é um sinal de que o Reino Unido se tornou ainda mais importante como parceiro de segurança devido à incerteza transatlântica", disse.

A Europa tem sido confrontada com novas tarifas comerciais dos Estados Unidos desde que o presidente norte-americano, Donald Trump, retornou à Casa Branca, bem como questões sobre o compromisso dos EUA em defender seus aliados europeus, incluindo a Ucrânia contra a invasão da Rússia.

O tratado inclui uma cláusula de assistência mútua que, "à luz da guerra de agressão russa contra a Ucrânia, é altamente significativa", disse uma autoridade alemã no início desta semana.

Ele se baseia em um acordo de defesa firmado no ano passado, que incluía o desenvolvimento conjunto de armas de ataque de longo alcance, e ocorre depois que a França e o Reino Unido concordaram, na semana passada, em reforçar a cooperação sobre seus respectivos arsenais nucleares.

(Reportagem de Sarah Marsh e Elizabeth Piper; Reportagem adicional de Andreas Rinke e Sarah Young)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS ES

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