TREASURIES-Rendimentos de dois anos reduzem queda após Trump descartar demissão de Powell

Por Gertrude Chavez-Dreyfuss

NOVA YORK, 16 Jul (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries de dois anos cediam na tarde desta quarta-feira em meio a negociações voláteis, tendo saído dos níveis mais baixos da sessão depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que não planejava demitir o chair do Federal Reserve, Jerome Powell.

A declaração refutou relatos da mídia de que Trump planejava demitir Powell em breve.

Os rendimentos dos Treasuries de dois anos US2YT=RR, que acompanham as expectativas da taxa de juros, cederam depois que a CBS e a Bloomberg informaram que Trump havia indicado a um grupo de republicanos da Câmara que demitiria Powell. Nesta tarde, a taxa caía 8 pontos-base, para 3,906%.

As reportagens elevaram para 66% as apostas de corte nas taxas de juros pelo Fed a partir de setembro, de 54% pouco antes. Depois que Trump disse que os relatos não eram verdadeiros, a probabilidade foi para 60%.

"Não descarto nada, mas acho que é altamente improvável, a menos que (Powell) tenha que sair por fraude", disse Trump, em referência às recentes críticas da Casa Branca e de parlamentares republicanos aos custos excedentes da reforma de US$2,5 bilhões da sede histórica do Fed, em Washington.

Em meio às notícias, investidores também venderam títulos longos, levando os rendimentos de 30 anos a um pico de oito semanas. Nesta tarde, após a fala de Trump, eles estavam estáveis em 5,018%.

O rendimento de referência de 10 anos US10YT=RR também subiu, mas depois perdeu força, registrando baixa de 4 pontos-base, para 4,453%.

A curva de rendimentos teve sua maior inclinação desde abril, com o spread entre os rendimentos de dois e dez anos aumentando para 61,8 pontos-base. Isso reflete a liquidação na ponta longa em meio a preocupações fiscais e receios com o descontrole da inflação se o Fed, sob novo comando, reduzir as taxas de forma agressiva.

"Essa história continua a se desenrolar e, portanto, é compreensível que os mercados estejam nervosos com a possibilidade de que isso aconteça mais cedo ou mais tarde com a demissão de Powell por Trump", disse Kenneth Broux, chefe de pesquisa corporativa e taxas do Société Générale em Londres.

(Reportagem de Gertrude Chavez-Dreyfuss; reportagem adicional de Dhara Ranasinghe em Londres)

((Tradução Redação São Paulo))

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