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Cessar-fogo em Gaza pode ser alcançado, mas pode levar tempo, dizem autoridades israelenses

Reuters8 de jul de 2025 às 10:48

- As discordâncias nas negociações de cessar-fogo em Gaza, em andamento no Catar entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, podem ser superadas, mas pode levar mais do que alguns dias para se chegar a um acordo, disseram autoridades israelenses nesta terça-feira.

A nova tentativa dos mediadores dos Estados Unidos, Catar e Egito para interromper os combates no enclave agredido ganhou ritmo desde domingo, quando os lados beligerantes iniciaram conversas indiretas em Doha e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, partiu para Washington.

Netanyahu se reuniu na segunda-feira com o presidente dos EUA, Donald Trump, que disse na véspera da reunião que um cessar-fogo e um acordo sobre reféns poderiam ser alcançados nesta semana. O líder israelense tem encontro agendado com o vice-presidente J.D. Vance nesta terça-feira.

O enviado de Trump, Steve Witkoff, que desempenhou um papel importante na elaboração da proposta de cessar-fogo, viajará para Doha esta semana para participar das discussões, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, aos repórteres na segunda-feira.

A proposta de cessar-fogo prevê a libertação gradual dos reféns, a retirada das tropas israelenses de partes de Gaza e discussões sobre o fim total da guerra.

O Hamas há muito tempo exige o fim da guerra antes de libertar os reféns restantes; Israel insiste que não concordará em encerrar a luta até que todos os reféns sejam libertados e o Hamas desmantelado. Acredita-se que pelo menos 20 dos 50 reféns restantes em Gaza ainda estejam vivos.

Fontes palestinas disseram na segunda-feira que havia diferenças entre os lados sobre a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

Autoridades israelenses de alto escalão, em entrevista a jornalistas em Washington, disseram que pode levar mais do que alguns dias para finalizar os acordos em Doha, mas não entraram em detalhes sobre os pontos de atrito. Outra autoridade israelense afirmou que houve progresso.

O ministro israelense Zeev Elkin, que faz parte do gabinete de segurança de Netanyahu, disse que há "uma chance substancial" de que um cessar-fogo seja acordado. "O Hamas quer mudar algumas questões centrais, não é simples, mas há progresso", declarou ele à emissora pública israelense Kan na terça-feira.

A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando militantes liderados pelo Hamas invadiram Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e levando 251 reféns para Gaza.

A campanha subsequente de Israel contra o Hamas em Gaza já matou mais de 57.000 palestinos, de acordo com as autoridades de saúde locais, deslocou quase toda a população de mais de 2 milhões de pessoas, provocou uma crise humanitária no enclave e deixou grande parte do território em ruínas.

(Reportagem da Redação de Jerusalém e Mahmoud Issa em Gaza)

((Tradução Redação São Paulo))

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