WASHINGTON, 7 Jul (Reuters) - Um homem de 27 anos de Michigan foi morto a tiros pela polícia nesta segunda-feira, após abrir fogo com um rifle de assalto contra um posto da Patrulha de Fronteira dos EUA na cidade de McAllen, no sul do Texas, informou a polícia local.
Ryan Louis Mosqueda disparou dezenas de tiros na entrada da instalação e agentes da Patrulha da Fronteira dos EUA revidaram, disse o chefe de polícia de McAllen, Victor Rodriguez, aos repórteres.
Um policial de McAllen levou um tiro no joelho durante a troca de tiros e foi levado ao hospital, disse Rodriguez.
O Departamento de Segurança Interna dos EUA disse que um funcionário da Patrulha da Fronteira também ficou ferido.
A polícia encontrou mais armas de fogo de assalto e munição no carro de passeio Chevrolet de Mosqueda, que estava estacionado nas proximidades, acrescentou Rodriguez.
"Houve muitas, muitas, dezenas de tiros disparados pelo suspeito em direção ao prédio e aos agentes no prédio", disse.
Uma inscrição, provavelmente em latim, foi pichada na lateral do veículo, mas Rodriguez não forneceu detalhes sobre o que estava escrito ou se dava alguma indicação do motivo do ataque.
O local onde ocorreu o tiroteio abriga equipes de operações especiais da Patrulha da Fronteira, de acordo com um ex-funcionário da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA.
Acredita-se que Mosqueda tenha ligações com a área, pois foi dado como desaparecido às 4h da manhã (horário local) de uma residência em Weslaco, cerca de 29 quilômetros a leste de McAllen, disse Rodriguez, sem dar mais detalhes.
O FBI está liderando a investigação, pois o incidente envolveu um ataque a agentes federais e a um prédio federal, disse Rodriguez.
Voos no Aeroporto Internacional McAllen, nas proximidades, foram atrasados por várias horas enquanto a polícia protegia a área.
Um membro da unidade tática da Patrulha da Fronteira ajudou a deter o suposto atirador, disse o ex-oficial, pedindo anonimato para compartilhar detalhes do incidente.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez do combate à imigração ilegal uma prioridade máxima, enviando tropas para proteger a fronteira EUA-México e lançando ataques agressivos em cidades norte-americanas.
As ações -- apoiadas pela base republicana linha-dura de Trump -- também provocaram resistência de norte-americanos preocupados com prisões de pessoas não criminosas e com táticas de repressão que incluem policiais usando máscaras para esconder suas identidades.
O número de migrantes pegos cruzando a fronteira ilegalmente caiu para níveis recordes no governo Trump, incluindo uma nova baixa mensal de cerca de 6.100 em junho.
(Reportagem de Ted Hesson e Jasper Ward)
((Tradução Redação São Paulo))
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