Por Sabine Siebold e Andrew Gray
MONS, Bélgica, 4 Jul (Reuters) - O general da Força Aérea dos Estados Unidos Alexus Grynkewich assumiu nesta sexta-feira o cargo de principal chefe militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), enviando uma mensagem de determinação e tranquilidade a aliados preocupados com possíveis cortes nas forças dos EUA na Europa pelo governo do presidente norte-americano, Donald Trump.
Os EUA ocupam o cargo de comandante aliado supremo da Europa desde sua criação após a Segunda Guerra Mundial, mas as autoridades norte-americanas discutiram o fim dessa tradição, conforme Trump pressiona a Europa a assumir mais responsabilidade por sua defesa.
Essa possibilidade abalou os aliados europeus -- que dependem fortemente dos 80.000 soldados dos EUA na Europa para proteger o continente e esperam que muitos mais se juntem a eles se a Europa for atacada -- e alarmou membros seniores do Congresso dos EUA.
Por fim, Washington nomeou Grynkewich como sucessor do general norte-americano Christopher Cavoli, que desempenhou um papel fundamental no aconselhamento das forças armadas da Ucrânia após a invasão russa de 2022 e supervisionou uma ampla revisão dos planos de defesa da Otan.
Mas aliados dos EUA continuam preocupados com o fato de que uma revisão em andamento da postura da força dos EUA em todo o mundo possa levar a cortes de tropas na Europa, justamente quando eles veem a Rússia como uma ameaça maior do que em qualquer outro momento desde o fim da Guerra Fria.
"As ameaças que enfrentamos estão cada vez mais interligadas, mas não são páreo para a unidade, a determinação e o propósito compartilhado que vejo reunidos neste campo hoje", disse Grynkewich na cerimônia de entrega, que ocorreu sob um sol forte no quartel-general militar da Otan nos arredores da cidade belga de Mons, com a presença de oficiais militares e autoridades de toda a aliança.
"Estamos prontos para defender nossas nações e só vamos melhorar", disse ele.
((Tradução Redação Brasília))
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