Sean 'Diddy' Combs ilibado de acusações mais graves, continua preso, por enquanto

NOVA IORQUE, 2 Jul (Reuters) - Sean "Diddy" Combs vai permanecer atrás das grades por enquanto, decidiu um juiz, na quarta-feira, após o magnata da música ter sido ilibado das acusações de tráfico sexual e extorsão que o poderiam ter colocado atrás das grades para o resto da vida, mas foi considerado culpado de delitos menores relacionados com prostituição.

Ao rejeitar o pedido de fiança da defesa, o juiz distrital norte-americano, Arun Subramanian, disse que os procuradores tinham apresentado amplas provas no julgamento de Combs de que ele tinha cometido actos violentos e que devia permanecer na prisão até à sua sentença por duas acusações de transporte para fins de prostituição.

"É impossível para o arguido demonstrar, através de provas claras e convincentes, que não representa qualquer perigo", afirmou Subramanian, durante uma audiência no tribunal federal de Manhattan, horas depois do veredicto.

O julgamento, que durou sete semanas, centrou-se nas alegações de que Combs obrigou duas das suas ex-namoradas a participarem em espectáculos sexuais, alimentados por drogas e que duraram dias, por vezes conhecidos como "Freak Offs", com trabalhadores do sexo masculino em quartos de hotel, enquanto Combs observava, se masturbava e, ocasionalmente, filmava.

Ambas as mulheres - a cantora de 'rhythm and blues' Casandra "Cassie" Ventura e uma mulher conhecida em tribunal pelo pseudónimo Jane - testemunharam que ele lhes batia e ameaçava não lhes dar apoio financeiro ou divulgar imagens sexualmente explícitas delas.

Enquanto Subramanian negava a fiança, Combs olhava fixamente para a frente e um dos membros da sua família na galeria do tribunal baixava a cabeça.

O júri de 12 membros absolveu unanimemente Combs de conspiração de extorsão e duas acusações de tráfico sexual de Ventura e Jane. O fundador da Bad Boy Records poderia ter sido condenado a prisão perpétua por essas acusações.

Combs, outrora famoso por organizar festas luxuosas para a elite cultural em locais luxuosos como o Hamptons ou Saint-Tropez, tinha-se declarado inocente das cinco acusações.

Segundo a lei federal, Combs pode ser condenado até 10 anos de prisão por cada uma das duas acusações de prostituição. Mas os procuradores reconheceram, no processo judicial, que as directrizes de condenação federais pareciam recomendar uma pena de, no máximo, 5 anos e um três meses no total, muito abaixo do máximo legal.

Os advogados de Combs argumentaram que dois anos seria o limite máximo.

O juiz sugeriu que a sentença de Combs fosse proferida a 3 de Outubro, mas irá considerar um pedido da defesa para uma data anterior.

Os promotores argumentaram que Combs deveria permanecer na prisão, porque continuava a ser um perigo, apontando para o testemunho de Jane no julgamento de que ele a agrediu em Junho de 2024 enquanto sabia que estava sob investigação.

Texto integral em inglês: nL6N3SZ0IY