TREASURIES-Yields sobem com temores fiscais superando fechamento de vagas no setor privado dos EUA

Por Gertrude Chavez-Dreyfuss

NOVA YORK, 2 Jul (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries subiam ligeiramente nesta quarta-feira, conforme preocupações fiscais com o projeto de lei tributário do presidente norte-americano, Donald Trump, aparentemente superaram a probabilidade de um corte nos juros do Federal Reserve após um fechamento inesperado de vagas no setor privado dos Estados Unidos no mês passado.

"O foco está voltando a ser o déficit orçamentário e o potencial de aumento da inflação", disse Zachary Griffiths, chefe de grau de investimento e estratégia macro da CreditSights. "Sinto que os dados gerais do mercado de trabalho nesta semana têm sido inconsistentes com o relatório Jolts, que saiu relativamente forte ontem, e depois com o (relatório de empregos do setor privado da) ADP. Portanto, a leitura das vagas fora do setor agrícola de amanhã será fundamental."

Os republicanos na Câmara dos EUA, enquanto isso, prepararam uma votação processual sobre o projeto de lei de corte de impostos de Trump, que pode revelar se o partido tem apoio suficiente para aprová-lo no Congresso, uma vez que não ficou claro se os republicanos conseguiriam apaziguar as preocupações de alguns membros que ameaçaram votar contra a proposta.

O retorno do Treasury de referência de dez anos US10YT=RR subia 4,2 pontos-base, para 4,291%, a caminho de sua maior alta diária desde 13 de junho.

Os rendimentos das notas de dois anos US2YT=RR, que acompanham as expectativas da taxa de juros, subiam 1,2 ponto-base, para 3,787%, depois de terem sido negociados anteriormente em baixa.

Os yields dos títulos de 30 anos US30YT=RR avançavam, 4,3 pontos-base, para 4,821%, registrando a maior alta em um dia desde meados de junho.

Enquanto isso, a curva de juros se inclinou, com o spread entre os rendimentos de dois e dez anos US2US10=TWEB em 50 pontos-base.

As taxas também reagiram a dados que mostram que o setor privado dos EUA fechou 33.000 vagas de emprego no mês passado, após abertura revisada para baixo de 29.000 em maio, de acordo com o Relatório Nacional de Emprego da ADP. Essa foi a primeira queda em mais de dois anos. Economistas consultados pela Reuters previram um aumento de 95.000 empregos no setor privado, depois de um ganho de 37.000 em maio relatado anteriormente.

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS VB