Por Karl Plume
CHICAGO, 2 Jul (Reuters) - A gigante global do agronegócio Bunge Global BG.N anunciou que concluiu oficialmente nesta quarta-feira o acordo de fusão há muito adiado com a Viterra, apoiada pela Glencore GLEN.L, dois anos após anunciar o mega-acordo de US$34 bilhões.
A fusão cria uma potência global de comércio e processamento de grãos, pronta para rivalizar com as gigantes do setor Archer-Daniels-Midland ADM.N e Cargill, em um momento em que a queda nos preços dos grãos, as margens fracas de processamento e as tensões geopolíticas vêm reduzindo a lucratividade do setor.
As ações da Bunge fecharam em alta de 1,4% nesta quarta-feira.
No mês passado, o órgão regulador de mercado da China concedeu aprovação condicional para a fusão, o que eliminou o último obstáculo para o negócio.
Greg Heckman permanecerá como presidente-executivo da empresa combinada, e o diretor financeiro da Bunge, John Neppl, também manterá seu cargo, disse a Bunge nesta quarta-feira.
A fusão com a Viterra, com sede na Holanda, fortalece os negócios de exportação de grãos e processamento de oleaginosas da Bunge nos Estados Unidos, onde sua presença é menor do que a de rivais como ADM e Cargill, segundo analistas.
O negócio também expande a capacidade de exportação da Bunge e sua infraestrutura física de armazenamento e manuseio de grãos nos grandes fornecedores globais de trigo Canadá e Austrália.
(Reportagem de Karl Plume em Chicago)
((Tradução Redação São Paulo))
REUTERS PVB