Por David Shepardson e Dawn Chmielewski
30 Jun (Reuters) - A Paramount Global PARA.O e o presidente norte-americano, Donald Trump, estão envolvidos em "negociações avançadas e de boa-fé para um acordo", com o objetivo de resolver uma ação judicial movida por Trump contra a CBS em outubro, alegando que a emissora editou de forma enganosa uma entrevista do programa "60 Minutes" com a então vice-presidente Kamala Harris.
Advogados solicitaram nesta segunda-feira, em um processo judicial, que um juiz no Texas suspenda todos os procedimentos até quinta-feira. Trump pediu US$20 bilhões na ação, mas um mediador propôs um acordo de US$20 milhões, noticiou o Wall Street Journal na semana passada. A emissora, controlada pela Paramount, já havia declarado que o processo é "completamente infundado" e solicitou ao juiz que rejeitasse o caso.
Um advogado que representa Trump, Edward Paltzik, não pôde ser contatado de imediato para comentar o assunto. Um porta-voz e um advogado da Paramount Global também não foram localizados para comentar. Um porta-voz da acionista controladora da Paramount, Shari Redstone, não pôde ser contatado.
A Paramount Global, controladora da CBS, está buscando a aprovação da Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) para sua fusão de US$8,4 bilhões com a Skydance Media.
O presidente da FCC, Brendan Carr, indicado por Trump em 20 de janeiro, afirmou na semana passada que a comissão continua analisando a transação. A FCC não tomou uma decisão até o prazo informal de 180 dias, que venceu em meados de maio.
Trump alega que a CBS tentou "inclinar a balança em favor do Partido Democrata" e da então vice-presidente Harris durante a eleição, ao exibir duas versões diferentes das respostas dela a uma mesma pergunta. A emissora nega qualquer irregularidade.
(Reportagem de David Shepardson)
((Tradução Redação São Paulo))
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