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Júri inicia deliberação em julgamento de Sean "Diddy" Combs por tráfico sexual

Reuters30 de jun de 2025 às 15:01

Por Luc Cohen e Jack Queen

- O júri do julgamento de Sean "Diddy" Combs por tráfico sexual começará a deliberar na segunda-feira, depois de ouvir as narrativas conflitantes de promotores e advogados de defesa na semana passada sobre se o magnata da música forçou suas ex-namoradas a participarem de performances sexuais movidas a drogas.

O juiz Arun Subramanian começou a dar instruções legais ao júri no tribunal federal de Manhattan na segunda-feira. Quando o juiz terminar, os 12 membros do júri começarão a deliberar. Não há prazo para as deliberações, e qualquer veredicto deve ser unânime.

Combs, de 55 anos, se declarou inocente de conspiração para extorsão e de duas acusações de tráfico sexual e transporte para prostituição. Ex-bilionário conhecido por elevar o hip-hop na cultura norte-americana, Combs pode ser condenado à prisão perpétua se for condenado por todas as cinco acusações.

Ao longo de mais de seis semanas de depoimentos, duas ex-namoradas de Combs -- a cantora de rhythm and blues Casandra "Cassie" Ventura e uma mulher conhecida no tribunal pelo pseudônimo de Jane -- disseram aos jurados que ele as forçou a participar de performances com acompanhantes masculinos pagos, às vezes conhecidas como "Freak Offs", enquanto ele observava, masturbava-se e ocasionalmente filmava.

Ambas as mulheres testemunharam que Combs as espancava, e os jurados viram um vídeo de vigilância de hotel que mostrava Combs atacando Ventura em um corredor em 2016.

"Cassie disse repetidamente que a violência do réu estava na mente dela sempre que ele propunha um Freak Off", afirmou a promotora Christy Slavik em seu argumento final na quinta-feira. "O objetivo era controlar Cassie, fazer com que ela tivesse medo de dizer não ao réu. E funcionou."

Os advogados de Combs reconheceram que ele às vezes era violento nas relações domésticas, mas argumentaram que Ventura e Jane participavam consensualmente das performances. Durante o interrogatório, a defesa destacou as mensagens de texto carinhosas e sexualmente explícitas que as mulheres enviaram a Combs ao longo de seus relacionamentos de anos com ele.

"Se ele fosse acusado de violência doméstica, não estaríamos aqui", disse o advogado de defesa Marc Agnifilo durante seu argumento final na sexta-feira. "Ele não fez as coisas das quais é acusado."

Fundador da Bad Boy Records, Combs levava um estilo de vida luxuoso em suas mansões em Miami e Los Angeles e foi homenageado por transformar artistas como Notorious B.I.G. e Usher em estrelas.

Ele está detido em uma penitenciária federal no Brooklyn desde sua prisão em setembro de 2024.

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS TR

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