Por Humeyra Pamuk e Samia Nakhoul e Alexander Cornwell e Emily Rose
WASHINGTON/DUBAI/JERUSALÉM, 21 Jun (Reuters) - Autoridades israelenses disseram ao governo Trump que não querem esperar duas semanas para que o Irã chegue a um acordo para desmantelar partes importantes de seu programa nuclear e que Israel pode agir sozinho antes do fim do prazo, disseram duas fontes, em meio a um debate contínuo na equipe de Trump sobre se os Estados Unidos devem se envolver.
Duas fontes familiarizadas com o assunto disseram que Israel comunicou suas preocupações às autoridades do governo Trump na quinta-feira, no que descreveram como um telefonema tenso.
As autoridades israelenses disseram que não querem esperar as duas semanas que o presidente norte-americano, Donald Trump, apresentou na quinta-feira como prazo para decidir se os EUA se envolverão na guerra entre Israel e Irã, disseram as fontes, que falaram sob condição de anonimato.
Os participantes israelenses na ligação incluíram o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa, israelense, Israel Katz, e o chefe militar Eyal Zamir, de acordo com uma fonte de segurança.
Os israelenses acreditam que têm uma janela de oportunidade limitada para agir contra o local profundamente enterrado em Fordow, a joia da coroa do programa nuclear do Irã, disseram as fontes. Os EUA são o único país com bombas destruidoras de bunkers potentes o suficiente para atingir a instalação, que está escavada na encosta de uma montanha.
Uma fonte em Washington familiarizada com o assunto disse que Israel comunicou ao governo dos EUA que acredita que a janela de até duas semanas de Trump é muito longa e que é necessária uma ação mais urgente. A fonte não disse se os israelenses fizeram essa afirmação durante a ligação de alto nível.
Durante a ligação, o vice-presidente JD Vance rebateu, dizendo que os EUA não devem se envolver diretamente e sugerindo que os israelenses irão arrastar o país para a guerra, disseram as fontes.
O Irã insiste que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos.
A Casa Branca não quis fazer comentários para esta matéria.
O gabinete do primeiro-ministro israelense não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A missão do Irã nas Nações Unidas também não respondeu imediatamente.
((Tradução Redação Brasília))
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