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Trump deixará cúpula do G7 mais cedo devido à situação no Oriente Médio

Reuters17 de jun de 2025 às 01:21

KANANASKIS, Canadá, 16 Jun (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está deixando a cúpula do Grupo dos Sete no Canadá um dia antes devido à situação no Oriente Médio, disse a Casa Branca nesta segunda-feira.

O G7 tem lutado para encontrar unidade em relação aos conflitos na Ucrânia e entre Israel e Irã, enquanto Trump expressou abertamente apoio ao presidente russo, Vladimir Putin, e impôs tarifas a muitos dos aliados presentes.

Mais cedo, Trump pediu a todos que se retirassem imediatamente de Teerã e reiterou que o Irã deveria ter assinado um acordo nuclear com os Estados Unidos.

"Muito foi realizado, mas devido ao que está acontecendo no Oriente Médio, o presidente Trump irá embora hoje à noite após o jantar com os chefes de Estado", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, no X.

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a saída de Trump foi positiva, dado o objetivo de conseguir um cessar-fogo no Oriente Médio.

Os líderes de Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, países-membros do G7, juntamente com a União Europeia, estão reunidos em Kananaskis, nas Montanhas Rochosas canadenses, até terça-feira.

Em discurso ao lado do primeiro-ministro canadense, Mark Carney, mais cedo, Trump disse que expulsar a Rússia do antigo G8 foi um erro. Os membros removeram a Rússia em 2014 depois que ela anexou a Crimeia.

"Isso foi um grande erro", disse Trump, acrescentando que acredita que a Rússia não teria invadido a Ucrânia em 2022 se Putin não tivesse sido expulso.

Embora Trump tenha evitado dizer que a Rússia deveria ser reintegrada ao grupo, seus comentários levantaram dúvidas sobre o que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pode conseguir quando for se reunir com os líderes na terça-feira.

"Foi um começo difícil", disse Josh Lipsky, ex-autoridade sênior do FMI que agora preside o departamento de economia internacional do Atlantic Council.

Os países europeus queriam convencer Trump a apoiar sanções mais rigorosas contra Moscou

Zelenskiy disse que planejava discutir com Trump a compra de novas armas para a Ucrânia.

As autoridades europeias disseram que esperavam usar a reunião de terça-feira com Zelenskiy e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, e a cúpula da Otan na próxima semana para convencer Trump a endurecer sua postura.

Em outro sinal inicial da falta de unidade do grupo de democracias, uma autoridade norte-americana disse que Trump não assinaria um rascunho de declaração pedindo a desescalada do conflito entre Israel e Irã.

O Canadá abandonou qualquer esforço para adotar um comunicado abrangente para evitar a repetição de uma cúpula de 2018 em Quebec, quando Trump instruiu a delegação dos EUA a retirar sua aprovação do comunicado final depois de sair.

Líderes prepararam vários outros rascunhos de documentos aos quais a Reuters teve acesso, incluindo sobre migração, inteligência artificial e cadeias de suprimentos de minerais essenciais. No entanto, nenhum deles foi aprovado pelos EUA, de acordo com fontes informadas sobre os documentos.

Sem Trump, não está claro se haverá alguma declaração, disse um diplomata europeu.

Carney convidou os países de fora do G7 México, Índia, Austrália, África do Sul, Coreia do Sul, Brasil e Ucrânia.

(Reportagem adicional de David Ljunggren, Suzanne Plunket e Andrea Shalal em Washington)

((Tradução Redação São Paulo))

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