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Disparos israelenses matam 41 pessoas em Gaza, dizem médicos

Reuters15 de jun de 2025 às 18:00

Por Nidal al-Mughrabi

- Ataques aéreos e disparos israelenses mataram pelo menos 41 palestinos em Gaza neste domingo, segundo autoridades locais de saúde, ao menos cinco deles perto de dois pontos de ajuda operados pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), apoiada pelos Estados Unidos.

Os médicos do Hospital Al-Awda, na região central da Faixa de Gaza, disseram que pelo menos três pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas por disparos israelenses enquanto tentavam se aproximar de um ponto da GHF próximo ao corredor de Netzarim. Outras duas pessoas foram mortas a caminho de outro local de ajuda em Rafah, no sul.

Um ataque aéreo matou outras sete pessoas na cidade de Beit Lahiya, ao norte do enclave, segundo os médicos. No campo de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, os médicos disseram que um ataque aéreo israelense matou pelo menos 11 pessoas em uma casa. Os demais foram mortos em ataques aéreos separados no sul da Faixa de Gaza, acrescentaram.

O Exército israelense não fez comentários imediatos.

A GHF começou a distribuir pacotes de alimentos em Gaza no final de maio, após Israel suspender parcialmente um bloqueio de quase três meses. Dezenas de palestinos morreram por disparos massivos quase diários ao tentarem alcançar os alimentos.

As Nações Unidas rejeitam o novo sistema de distribuição apoiado por Israel por considerá-lo inadequado, perigoso e uma violação dos princípios de imparcialidade humanitária.

Mais tarde, neste domingo, a COGAT, agência israelense de coordenação de ajuda militar, disse que havia facilitado nesta semana a entrada de 292 caminhões com ajuda humanitária da ONU e da comunidade internacional, com alimentos e farinha, em Gaza.

A agência disse que os militares israelenses continuarão a permitir a entrada de ajuda humanitária no enclave, garantindo que ela não chegue ao Hamas. O Hamas nega acusações israelenses de roubar assistência e diz que Israel está usando a fome como uma arma contra a população de Gaza.

O Ministério da Saúde de Gaza disse em um comunicado no sábado que pelo menos 300 pessoas foram mortas até agora e mais de 2.600 ficaram feridas perto de pontos de distribuição de ajuda desde que a GHF começou a operar em Gaza.

"Não se trata de ajuda humanitária, mas de armadilhas para os pobres e famintos sob a vigilância de aviões da ocupação", disse Munir Al-Bursh, diretor-geral do Ministério da Saúde.

"A ajuda distribuída sob fogo não é ajuda, é humilhação", publicou Bursh neste domingo no X.

(Reportagem de Nidal al-Mughrabi)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS PVB

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