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SAIBA MAIS-O que se sabe sobre o acidente da Air India e sua investigação

Reuters14 de jun de 2025 às 16:49

Por Aditya Kalra

- O acidente fatal da Air India, que matou pelo menos 270 pessoas, desencadeou uma onda de especulações sobre o que levou ao pior desastre aéreo do mundo em uma década, mas as autoridades estão gradualmente restringindo as linhas de investigação.

O 787 Dreamliner, da Boeing BA.N, é uma das aeronaves mais avançadas em operação e especialistas afirmam que o jato possui um histórico de segurança geralmente sólido, sem registros anteriores de acidentes fatais.

Veja o que se sabe sobre o acidente aéreo até o momento:

EVIDÊNCIAS VISUAIS

Uma das evidências mais fortes que os investigadores estão analisando é uma gravação de uma câmera de segurança, de 59 segundos, que mostra com clareza a decolagem e a queda do avião do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel, na cidade de Ahmedabad, no Estado de Gujarat.

A câmera de segurança estava posicionada à esquerda da pista, próxima a um muro com arame farpado.

O vídeo mostra o avião da Air India, de propriedade do Grupo Tata, decolando, ganhando certa altitude, voando em linha reta por alguns segundos e, em seguida, começando a perder altitude com a cauda inclinada para baixo.

A descida do avião tem início cerca de 17 segundos após a decolagem. Não há sinais de fogo visível no motor ou em outras partes da aeronave quando ela começa a descer, já além do muro que delimita o aeroporto.

O trem de pouso permanece visivelmente aberto durante toda a gravação.

Demorou cerca de 33 segundos após a decolagem para que o avião caísse, resultando em uma enorme explosão.

ONDE O AVIÃO CAIU

O Ministério da Aviação da Índia disse que os pilotos emitiram um pedido de socorro, o chamado "mayday", aos controladores de tráfego aéreo às 13h39, horário local, na quinta-feira. Quando as autoridades tentaram se comunicar, os pilotos não responderam.

O avião começou a perder altura depois de atingir uma altitude de cerca de 198 metros. Em seguida, ele se chocou contra o alojamento do B.J. Medical College, nas proximidades.

Imagens do refeitório logo após o acidente mostram rodas e outras partes da aeronave cravadas nas paredes, além de destroços e pertences dos estudantes, como roupas e livros, espalhados pelo chão.

Copos e pratos de aço ainda continham restos de comida nas poucas mesas que permaneceram intactas.

Uma forte fumaça de combustível de aviação pairava no ar no local na sexta-feira, enquanto as autoridades usavam guindastes para remover árvores queimadas e destroços.

POSSÍVEIS CAUSAS

Funcionários da Air India e vários investigadores do governo indiano estão no local do acidente desde quinta-feira. Nenhuma descoberta foi divulgada até agora, mas os investigadores estão considerando pelo menos três possíveis causas principais, de acordo com uma fonte com conhecimento direto do assunto.

Os investigadores estão avaliando se houve problemas relacionados ao empuxo do motor, que é a força que o motor gera para impulsionar a aeronave pelo ar. Também estão analisando possíveis falhas operacionais nos flaps. Equipes antiterrorismo também fazem parte das equipes de investigação.

As autoridades também buscam entender por que o trem de pouso permaneceu aberto por tanto tempo após a decolagem. Um possível impacto com pássaros não é o foco da investigação.

A fonte acrescentou que as autoridades também estão analisando a possibilidade de eventuais falhas da Air India, incluindo possíveis problemas de manutenção.

ONDE ESTÁ A CAIXA PRETA?

O Ministério da Aviação da Índia informou que os investigadores e as equipes de resgate recuperaram o gravador de dados de voo -- uma das duas caixas-pretas do avião -- do telhado do prédio onde a aeronave caiu.

Ainda não há informações sobre o gravador de voz da cabine de comando, a outra caixa-preta, que também é essencial para a investigação.

O órgão regulador da aviação da Índia determinou ações adicionais de manutenção nas aeronaves Boeing 787-8/9 da Air India equipadas com motores GEnx, incluindo uma "verificação única" dos parâmetros de decolagem antes da partida de cada voo a partir da meia-noite de 15 de junho.

A companhia aérea também foi solicitada a realizar testes do controle eletrônico dos motores e verificações relacionadas ao combustível.

(Reportagem de Aditya Kalra)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS PVB

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