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Israel atinge instalações nucleares e fábricas de mísseis do Irão; Teerão lança drones

Reuters13 de jun de 2025 às 05:58

- Israel lançou ataques em larga escala contra o Irão, esta sexta-feira, afirmando que tinha como alvo instalações nucleares, fábricas de mísseis balísticos e comandantes militares e que este era o início de uma operação prolongada para impedir Teerão de construir uma arma atómica.

Em represália, o Irão lançou cerca de 100 drones em direcção a território israelita, que Israel está a tentar interceptar, disse o porta-voz militar israelita, o brigadeiro-general Effie Defrin.

Os meios de comunicação social iranianos e testemunhas relataram explosões, incluindo na principal instalação de enriquecimento de urânio do país, em Natanz, enquanto que Israel declarou o estado de emergência em antecipação de ataques de mísseis e drones de retaliação.

O corpo de elite da Guarda Revolucionária do Irão declarou que o seu comandante máximo, Hossein Salami, foi morto e os meios de comunicação social estatais informaram que a sede da unidade em Teerão tinha sido atingida. Várias crianças foram mortas num ataque a uma zona residencial da capital, segundo a imprensa.

"Estamos num momento decisivo da história de Israel", declarou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, numa mensagem vídeo gravada.

"Há momentos, Israel lançou a Operação Leão Erguido, operação militar orientada para fazer recuar a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel. Esta operação continuará durante os dias que forem necessários para eliminar esta ameaça".

Segundo Defrin, 200 caças israelitas participaram nos ataques, atingindo mais de 100 alvos no Irão.

Israel pôde confirmar que o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, o comandante dos Guardas Revolucionários e o comandante do Comando de Emergência do Irão foram todos mortos nos ataques em todo o Irão, disse ele num briefing online.

O líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, afirmou numa declaração, que Israel tinha "desencadeado a sua mão perversa e sangrenta" num crime contra o Irão e que iria receber "um destino amargo".

As companhias aéreas abandonaram o espaço aéreo sobre Israel, o Irão, o Iraque e a Jordânia, esta sexta-feira, após os ataques israelitas, segundo dados do Flightradar24, com as transportadoras a tentarem desviar e cancelar voos para manter os passageiros e a tripulação em segurança.

Um oficial militar israelita disse que Israel estava a atacar "dezenas" de alvos nucleares e militares, incluindo as instalações de Natanz, no centro do Irão. O oficial disse que o Irão tinha material suficiente para fabricar 15 bombas nucleares em poucos dias.

Os Estados Unidos afirmaram não ter qualquer participação na operação, o que aumenta o risco de uma nova escalada das tensões no Médio Oriente, uma das principais regiões produtoras de petróleo.

A par dos ataques aéreos, a agência de espionagem israelita Mossad conduziu uma série de operações secretas de sabotagem no interior do Irão, informou o Axios, citando um alto responsável israelita. Estas operações tinham como objectivo danificar as instalações de mísseis estratégicos do Irão e as suas capacidades de defesa aérea.

A imprensa estatal iraniana informou que pelo menos dois cientistas nucleares, Fereydoun Abbasi e Mohammad Mehdi Tehranchi, foram mortos em ataques israelitas em Teerão.

A Companhia Nacional Iraniana de Refinação e Distribuição de Petróleo declarou que as instalações de refinação e armazenamento de petróleo do país não sofreram danos e que as suas actividades prosseguem.

O Irão fechou o seu espaço aéreo e o aeroporto Ben Gurion de Telavive foi encerrado até nova ordem.

O chefe do Estado-Maior israelita, Eyal Zamir, afirmou que dezenas de milhares de soldados foram convocados e "preparados em todas as fronteiras".

Texto integral em inglês: nL1N3SG00H

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