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Rússia e Ucrânia trocam prisioneiros de guerra

Reuters9 de jun de 2025 às 19:17

Por Aleksandar Vasovic e Vladyslav Smilianets

- A Rússia e a Ucrânia trocaram prisioneiros de guerra com menos de 25 anos de idade nesta segunda-feira em cenas emocionantes de retorno ao lar, o primeiro passo em uma série de trocas de prisioneiros previstas que podem se tornar as maiores deste conflito até o momento.

A troca é consequência de conversas diretas entre os dois lados em Istambul, em 2 de junho, que resultaram em um acordo que envolve pelo menos 1.200 prisioneiros de guerra de cada lado e também prevê a repatriação de milhares de corpos de pessoas mortas na guerra da Rússia na Ucrânia.

O retorno dos prisioneiros de guerra e a repatriação dos corpos dos mortos é um dos poucos pontos em que os dois lados concordam, enquanto negociações mais amplas não conseguiram chegar perto do fim da guerra, agora em seu quarto ano.

Os combates continuam, com a Rússia dizendo nesta segunda-feira que suas forças ampliaram o território sob seu controle na região centro-leste da Ucrânia, em Dnipropetrovsk, e Kiev dizendo que Moscou havia lançado seu maior ataque de drones na guerra.

Autoridades em Kiev disseram que alguns dos prisioneiros ucranianos que voltaram para casa nesta segunda-feira estavam em cativeiro russo desde o início da guerra.

Em um ponto de encontro para os prisioneiros ucranianos que voltaram para casa, logo após cruzaram para o norte da Ucrânia, um oficial entregou a um dos homens libertados um celular para que ele pudesse ligar para sua mãe, segundo um vídeo divulgado pelas autoridades ucranianas.

"Oi, mamãe, cheguei, estou em casa!", gritou o soldado, lutando para recuperar o fôlego, tomado pela emoção.

Nenhum dos lados disse quantos prisioneiros foram trocados nesta segunda-feira, mas o Ministério da Defesa russo afirmou em sua própria declaração que o mesmo número de militares havia sido trocado de cada lado.

Segundo o assessor do Kremlin Vladimir Medinsky, uma primeira lista de 640 prisioneiros de guerra havia sido entregue à Ucrânia.

O Exército russo disse que os militares libertados estavam em Belarus, um aliado próximo da Rússia, onde estavam recebendo assistência psicológica e médica antes de serem transferidos para a Rússia para receberem mais cuidados.

Imagens transmitidas pela agência de notícias estatal russa RIA mostraram um grupo de soldados russos libertados a bordo de um ônibus levantando as mãos para o alto e gritando: "Viva, estamos em casa".

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy disse que seu país havia recebido um primeiro grupo de prisioneiros da Rússia e que levaria vários dias para concluir a troca.

(Reportagem adicional da Redação de Moscou e Olena Harmash, em Kiev)

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS MCM

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