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Palestinos hastearão bandeira na OMS pela primeira vez após votação

Reuters26 de mai de 2025 às 12:46

Por Emma Farge

- A delegação palestina ganhou o direito de hastear sua bandeira na Organização Mundial da Saúde após uma vitória simbólica em uma votação, nesta segunda-feira, que seu enviado espera que leve a um maior reconhecimento dentro e fora das Nações Unidas.

A proposta, apresentada por China, Paquistão, Arábia Saudita e outros, na assembleia anual da agência global em Genebra, foi aprovada com 95 votos a favor e quatro contra -- Israel, Hungria, República Tcheca e Alemanha -- e 27 abstenções.

A decisão foi tomada após a bem-sucedida candidatura palestina a membro da Assembleia Geral da ONU no ano passado e ocorre em meio a sinais de que a França poderia reconhecer um Estado palestino.

Em aparente referência à devastadora guerra entre Israel e Hamas em Gaza, a delegada do Líbano, Rana el Khoury, disse que o resultado da votação proporcionou "um pequeno raio de esperança para o corajoso povo palestino, cujo sofrimento atingiu níveis insuportáveis".

Israel argumentou contra a resolução da OMS e solicitou uma votação. Seu principal aliado, os Estados Unidos, que planeja sair da OMS, não participou.

Embora quase 150 países tenham reconhecido um Estado palestino, a maioria das principais potências ocidentais e outras não o fizeram, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Japão.

França e Japão votaram a favor da proposta, enquanto o Reino Unido se absteve.

"É simbólico e um ato, mas um sinal de que fazemos parte de uma comunidade internacional para ajudar nas necessidades de saúde", disse à Reuters o embaixador palestino nas Nações Unidas em Genebra, Ibrahim Khraishi. "Espero que em breve sejamos membros plenos da OMS e de todos os fóruns da ONU."

Os palestinos buscam a condição de Estado nos territórios que Israel capturou na guerra de 1967 no Oriente Médio.

Eles têm o status de Estado observador oficial na OMS, que atualmente está passando por uma transformação à medida que programa a vida sem seu maior doador, os Estados Unidos.

Na semana passada, os palestinos conquistaram o direito de receber notificações de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional da OMS -- um conjunto de regras globais para o monitoramento de surtos.

(Reportagem de Emma Farge)

((Tradução Redação São Paulo))

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