Atividade empresarial dos EUA melhora em maio apesar das pressões de preços

Investing.com — A atividade empresarial dos EUA melhorou para um máximo de dois meses em maio, mesmo com as empresas enfrentando pressões inflacionárias decorrentes da ampla agenda tarifária do presidente Donald Trump, mostrou uma pesquisa da S&P Global na quinta-feira.

O índice de gerentes de compras (PMI) composto flash da S&P Global ficou em 52,1 para o mês, em comparação com 50,6 em abril. O nível de 50 pontos denota expansão em vez de contração.

A atividade no setor de serviços, que compõe grande parte da economia dos EUA, subiu ligeiramente para 52,3, contra uma leitura de 50,8 no mês anterior. Economistas haviam previsto 51,0.

O PMI de manufatura, por sua vez, também subiu para 52,3 de 50,2. As estimativas previam que o número cairia para 49,9.

Várias empresas sinalizaram que a falta de clareza em torno das tarifas punitivas de Trump tornou mais difícil o planejamento de investimentos futuros, enquanto pesquisas apontaram para uma deterioração no sentimento do consumidor e um aumento nas expectativas de inflação.

Desde que Trump revelou suas tarifas elevadas sobre a maioria dos países em um evento muito aguardado de "Dia da Libertação" em 2 de abril, a Casa Branca adiou parcialmente as cobranças até julho, numa tentativa de dar mais tempo aos funcionários americanos para negociar acordos comerciais com países individuais.

Separadamente, os EUA e a China revelaram uma pausa e redução de suas altíssimas tarifas de retaliação no início deste mês, amenizando ainda mais as preocupações sobre uma disputa comercial prolongada entre as duas maiores economias do mundo. Essas tarifas devem voltar a vigorar em agosto.

Ainda assim, tarifas universais de 10% e impostos sobre itens como aço, alumínio e autopeças permanecem em vigor, enquanto, segundo alguns cálculos, a taxa tarifária efetiva dos EUA agora está em seu nível mais alto desde a década de 1930.

"A confiança empresarial melhorou em maio após a preocupante queda observada em abril, com o pessimismo sobre as perspectivas para o próximo ano diminuindo um pouco, graças principalmente à pausa nas tarifas mais altas", disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global, em um comunicado.

"No entanto, tanto o sentimento quanto o crescimento da produção permanecem relativamente moderados, e pelo menos parte da recuperação em maio pode estar ligada a empresas e seus clientes buscando antecipar-se a possíveis problemas relacionados a tarifas no futuro, principalmente o potencial de futuros aumentos tarifários após o término da pausa de 90 dias em julho."

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