Ucrânia apresenta plano de sanções mais duras contra a Rússia à UE, enquanto EUA vacilam

KYIV, 21 Mai (Reuters) - A Ucrânia vai pedir à UE, na próxima semana, que considere novas medidas para isolar Moscovo, incluindo a apreensão de bens russos e a aplicação de sanções a alguns compradores de petróleo russo, uma vez que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuou no endurecimento das sanções.

Um livro branco ucraniano, que será apresentado à UE e que não tinha sido noticiado anteriormente, apela a que o bloco de 27 membros adopte uma posição mais agressiva e independente em matéria de sanções, numa altura em que a incerteza paira sobre o futuro papel de Washington.

Entre as 40 páginas de recomendações, há apelos à adopção de legislação que acelere a apreensão pela UE de bens de indivíduos sancionados, enviando-os para a Ucrânia. As pessoas sujeitas a sanções poderiam então pedir uma indemnização à Rússia.

A UE deve considerar uma série de medidas para que as suas sanções se apliquem com mais força para além do seu próprio território, incluindo visar as empresas estrangeiras que utilizam a sua tecnologia para ajudar a Rússia e "a introdução de sanções secundárias sobre os compradores de petróleo russo".

Essas sanções secundárias, que poderiam atingir grandes compradores como a Índia e a China, seriam um passo importante que a Europa tem estado relutante em dar. Trump discutiu publicamente esta questão antes de tomar a decisão de não actuar por agora.

Texto integral em inglês: nL5N3QF1Q1