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Parlamentares republicanos buscam Trump para consertar divisões sobre legislação tributária

Reuters20 de mai de 2025 às 11:35

Por David Morgan e Bo Erickson

- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve ir ao Capitólio nesta terça-feira para se reunir com parlamentares republicanos, que buscam chegar a um acordo sobre um amplo projeto de lei de corte de impostos, com sua estreita maioria dividida sobre o escopo dos cortes de gastos.

Na sexta-feira, deputados republicanos conservadores bloquearam brevemente o avanço da legislação - que, segundo analistas independentes, poderia acrescentar de US$3 trilhões a US$5 trilhões à dívida de US$36,2 trilhões do governo federal - mas cederam no domingo.

O projeto de lei estenderia os cortes de impostos implementados por Trump em 2017, que foram sua principal conquista legislativa no primeiro mandato, e também acrescentaria isenções fiscais sobre a renda proveniente de gorjetas e de horas extras, que fizeram parte de suas promessas de campanha.

A expectativa é de que ele tente unificar a maioria republicana da Câmara dos Deputados, que é de 220 a 213, incluindo a ala conservadora ansiosa por cortes profundos nos gastos, moderados preocupados em proteger programas e parlamentares que desejam proteger a capacidade de seus eleitores de deduzir impostos estaduais e locais.

Os republicanos estão buscando manobras parlamentares para contornar as objeções dos democratas, que afirmam que o projeto de lei beneficia desproporcionalmente os mais ricos e que afetará profundamente programas sociais.

"Acho que ele incentivará as pessoas a se unirem e acho que será um discurso otimista... Estou feliz que ele esteja vindo", disse o deputado republicano Ralph Norman, da Carolina do Sul, um dos poucos que votaram contra o projeto na sexta-feira.

O presidente da Câmara dos Deputados, Mike Johnson, pretende aprovar a medida até quinta-feira, antes do fim de semana do feriado do Memorial Day, preparando o terreno para que o Senado a aprove no próximo mês.

"Estou muito otimista de que encontraremos o ponto de equilíbrio certo para que esse projeto de lei seja aprovado", disse Johnson a repórteres na segunda-feira, mesmo reconhecendo que algumas questões não foram resolvidas.

Sobre os republicanos pesa uma decisão da agência Moody's, que na semana passada retirou do governo federal sua maior nota de crédito. Ela citou o fato de vários governos e o Congresso não terem conseguido lidar com a crescente dívida do país.

Até o momento, o Congresso, controlado pelos republicanos, não rejeitou nenhuma das solicitações legislativas de Trump.

Se a Câmara aprovar o projeto de lei, o Senado terá que trabalhar para aprovar um projeto partidário que pode sair significativamente diferente do da Câmara.

Os republicanos controlam o Senado por uma margem de 53 a 47 e pelo menos um conservador, o senador Josh Hawley, do Missouri, já manifestou reservas com relação às disposições da Câmara sobre o programa de saúde para pessoas de baixa renda Medicaid.

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

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