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Putin e Trump não vão participar nas conversações de paz sobre Ucrânia propostas pelo líder russo

Reuters15 de mai de 2025 às 06:41

- O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, indicaram que não participarão no que pode ser a primeira negociação de paz directa entre Moscovo e Kiev em três anos, esta quinta-feira, com o Kremlin a enviar um grupo de tecnocratas experientes.

No domingo, Putin propôs negociações directas com a Ucrânia em Istambul, esta quinta-feira, "sem quaisquer condições prévias". No final de quarta-feira, o Kremlin informou que a delegação incluiria o conselheiro presidencial, Vladimir Medinsky, e o vice-ministro da Defesa, Alexander Fomin, - mas o nome de Putin não constava da lista.

Após o anúncio da delegação do Kremlin, um responsável norte-americano disse que Trump, que está numa viagem a três países do Médio Oriente, não iria participar. O líder dos Estados Unidos tinha dito anteriormente que estava a considerar a opção de participar.

Embora Putin nunca tenha confirmado que compareceria pessoalmente, a ausência dos Presidentes russo e norte-americano reduz as expectativas de um grande avanço na guerra que a Rússia iniciou em Fevereiro de 2022.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, tinha desafiado Putin a participar nas conversações "se não tiver medo", num aparente concurso para mostrar a Trump quem quer mais a paz, a Ucrânia ou a Rússia.

Numa altura em que o líder de Kiev estava a caminho da Turquia, na quarta-feira, um responsável ucraniano disse que ele só participaria nas conversações se Putin estivesse presente.

No seu discurso nocturno em vídeo, Zelenskiy afirmou que a Ucrânia decidiria sobre os seus passos para as conversações de paz na Turquia assim que houvesse clareza sobre a participação de Putin.

"As respostas a todas as perguntas sobre esta guerra - porque começou, porque continua - estão todas em Moscovo", disse Zelenskiy. "A forma como a guerra vai acabar depende do mundo".

Trump quer que os dois lados assinem um cessar-fogo de 30 dias para interromper a maior guerra terrestre da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, tendo um deputado russo dito, na quarta-feira, que também poderia haver discussões sobre uma grande troca de prisioneiros de guerra.

Zelenskiy apoia um cessar-fogo imediato de 30 dias, mas Putin afirmou que pretende iniciar primeiro conversações em que possam ser discutidos os pormenores desse cessar-fogo.

A delegação dos Estados Unidos na Turquia incluía o secretário de Estado, Marco Rubio, e os enviados Steve Witkoff e Keith Kellogg.

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Andrii Sybiha, afirmou, esta quinta-feira, que se reuniu com Rubio para partilhar a visão de paz de Zelenskiy e "coordenar posições durante esta semana crítica".

Medinsky e Fomin, que fazem parte da delegação russa, participaram no último conjunto de negociações entre as duas partes nas primeiras semanas da guerra. Outros altos responsáveis militares e dos serviços secretos também fizeram parte da delegação desta quinta-feira.

As conversações directas entre os negociadores da Ucrânia e da Rússia tiveram lugar pela última vez em Istambul, em Março de 2022, um mês após Putin ter enviado dezenas de milhares de tropas para a Ucrânia, naquilo a que chama uma "operação militar especial" para erradicar neonazis.

A Ucrânia e os seus aliados afirmam que a invasão foi uma apropriação de terras não provocada, ao estilo imperial.

Texto integral em inglês: nL1N3RN019

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