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Refém israelo-norte-americano libertado deixa Gaza, Israel diz que não há cessar-fogo

Reuters13 de mai de 2025 às 05:49

- Um refém israelo-norte-americano foi libertado após 19 meses de cativeiro em Gaza durante uma breve pausa nos combates, na segunda-feira, e reuniu-se com a sua família, mas os ataques israelitas ao enclave atingido não tardaram a recomeçar.

As forças armadas israelitas receberam Edan Alexander, de 21 anos, do Comité Internacional da Cruz Vermelha, que facilitou a sua transferência do grupo militante palestiniano Hamas.

Foi levado para uma instalação militar israelita e juntou-se à sua família. O vídeo mostra que a sua mãe, Yael Alexander, chorou enquanto o abraçava, dizendo: "Como és forte. Gosto muito de ti, Edan. Estávamos tão preocupados".

Alexander beijou e abraçou também o pai, o irmão e a irmã. Um helicóptero da Força Aérea israelita levou Alexander e a sua família para um hospital onde receberia tratamento.

Alexander era o último norte-americano vivo detido pelo Hamas, tendo o Canal 12, de Israel, dito que o seu estado era "baixo", sem citar uma fonte. Nas fotografias fornecidas por Israel, Alexander estava pálido mas bem-disposto.

Os combates cessaram ao meio-dia em Gaza, após o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter afirmado que Israel iria suspender as suas operações para permitir a libertação do refém.

As autoridades sanitárias palestinianas referiram bombardeamentos de tanques israelitas e um ataque aéreo após a entrega do refém, não tendo havido qualquer acordo sobre uma trégua mais alargada ou sobre libertação de reféns, numa altura em que os observadores alertam para situações de fome no enclave devastado.

Após o recomeço do fogo israelita, as autoridades de Gaza afirmaram que um ataque aéreo matou três pessoas e feriu várias outras num abrigo para famílias deslocadas em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.

Uma mulher foi morta e várias outras pessoas ficaram feridas quando os bombardeamentos de um tanque atingiram uma escola que albergava famílias deslocadas no bairro de Tuffah, no norte de Gaza.

O Hamas disse que libertou Alexander como um gesto de boa vontade para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está visita a região esta semana.

"Edan Alexander, refém americano que se pensava morto, será libertado pelo Hamas. Óptimas notícias!", Trump escreveu nas redes sociais na manhã de segunda-feira.

Netanyahu disse que a libertação de Alexander aconteceu graças à pressão militar de Israel em Gaza e à pressão política de Trump.

Numa foto tirada no helicóptero militar e divulgada por Israel, Alexander segurava um cartaz onde se lia: "Obrigado, Presidente Trump".

Netanyahu disse que não haverá cessar-fogo e que os planos para intensificar a acção militar em Gaza continuavam. "Israel não se comprometeu com um cessar-fogo de qualquer tipo", disse o gabinete de Netanyahu.

A libertação, após conversações a quatro mãos entre Hamas, Estados Unidos, Egipto e Qatar, poderá abrir caminho à libertação dos restantes 58 reféns na Faixa de Gaza, 19 meses após o ataque do Hamas a Israel a 7 de Outubro de 2023.

Texto integral em inglês: nL1N3RK029

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