Por Doyinsola Oladipo e Karen Freifeld e Rich McKay
1 Mai (Reuters) - Advogados, professores e políticos estão entre as milhares de pessoas nos Estados Unidos que protestavam nesta quinta-feira contra as políticas de imigração, a perseguição a advogados e juízes e o papel de bilionários na tomada de decisões no governo do presidente norte-americano, Donald Trump.
Jennifer Vasquez Sura, cujo marido, Kilmar Abrego Garcia, residente legal nos EUA, foi enviado por engano a uma prisão em El Salvador pelo governo Trump, discursou em um comício em Washington - um dos atos organizados em todo o país por grupos de advogados e uma coalizão de mais de 200 sindicatos e defensores dos direitos dos imigrantes.
"Ele foi detido ilegalmente, sequestrado e desaparecido pelo governo Trump, embora eles tenham admitido que foi um erro", disse Vasquez Sura, acrescentando que seu marido já enfrentou "50 dias de sofrimento".
"Para todos que estão assistindo, continuem lutando", disse. A multidão respondeu com o coro: "Tragam Kilmar de volta para casa".
Os organizadores acusam o governo Trump de priorizar lucros de bilionários e pedem investimentos em famílias trabalhadoras, com financiamento integral em saúde pública, moradia e escolas públicas.
"É um contraste claro entre as prioridades do governo Trump e o que as pessoas comuns querem e precisam", disse Lisa Gilbert, copresidente da Public Citizen, organização de defesa dos direitos do consumidor e uma das coorganizadoras da manifestação em Washington.
Os organizadores esperavam centenas de milhares de manifestantes em todo o país, na expectativa de realizar os maiores protestos de 1º de Maio, conhecido como May Day nos EUA, na história do país. Protestos anteriores já reuniram milhares de participantes desde o retorno de Trump ao poder.
(Reportagem de Doyinsola Oladipo e Karen Freifeld em Nova York e Rick McKay em Atlanta)
((Tradução Redação São Paulo))
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