Sean "Diddy" Combs confirma ter rejeitado oferta de acordo antes de julgamento por tráfico sexual

Por Luc Cohen

NOVA YORK, 1 Mai (Reuters) - Sean "Diddy" Combs confirmou nesta quinta-feira que rejeitou a proposta dos promotores de um acordo, abrindo caminho para que o magnata do hip-hop vá a julgamento na próxima semana por acusações de tráfico sexual.

Em uma audiência no tribunal federal de Manhattan, o juiz distrital Arun Subramanian perguntou a Combs, de 55 anos, se ele havia analisado a oferta e a rejeitado.

"Sim, recusei", disse Combs, vestindo o uniforme da prisão.

Combs pode ser condenado à prisão perpétua se for considerado culpado de todas as cinco acusações criminais que enfrenta no julgamento, incluindo conspiração de extorsão e tráfico sexual. Ele se declarou inocente.

Maurene Comey, promotora do gabinete da Procuradoria dos Estados Unidos em Manhattan, disse na audiência desta quinta-feira que Combs poderá receber uma pena mais severa se for condenado no julgamento em relação a que teria se tivesse aceitado o acordo, mas não detalhou a proposta do governo.

Outra promotora, Madison Smyser, já havia revelado anteriormente, em uma audiência na semana passada, que Combs havia rejeitado a oferta para um acordo.

Promotores afirmam que Combs usou seu império empresarial para coagir mulheres a participarem de longas performances sexuais, regadas a drogas, com profissionais do sexo masculino conhecidos como "Freak Offs" por um período de duas décadas.

Os advogados de defesa do fundador da Bad Boy Records argumentaram que as atividades sexuais descritas pelos promotores foram consensuais, e que não havia nada de criminoso no fato de Combs e suas namoradas de longa data ocasionalmente incluírem uma terceira pessoa em seus relacionamentos como parte de um estilo de vida "swinger".

Também conhecido ao longo de sua carreira como Puff Daddy e P. Diddy, Combs é conhecido por elevar o hip-hop na cultura norte-americana e transformar artistas como Notorious B.I.G. e Mary J. Blige em estrelas. Mas sua reputação passou a despencar a partir de 2023 após ser alvo de dezenas de processos civis por supostos abusos sexuais, e posteriormente, em setembro passado, ser indiciado criminalmente. Ele nega qualquer irregularidade.

(Reportagem de Luc Cohen em Nova York)

((Tradução Redação São Paulo))

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