Por Joey Roulette
WASHINGTON, 29 Abr (Reuters) - A Firefly Aerospace disse que a sexta missão de seu foguete Alpha sofreu um acidente no espaço após o lançamento a partir da Califórnia nesta terça-feira, o que colocou um satélite de propriedade da Lockheed Martin LMT.N em uma "órbita mais baixa que a planejada", sugerindo um potencial fracasso da missão.
Em uma publicação no X, a Firefly afirmou que o acidente ocorreu durante a separação do propulsor do estágio principal da Alpha com seu segundo estágio, aproximadamente dois minutos e meio após a decolagem. A separação defeituosa "impactou o bocal do motor Lightning do Estágio 2, colocando o veículo em uma órbita mais baixa do que o planejado".
A empresa disse ainda estar trabalhando com a Lockheed para determinar a causa raiz da falha. A Lockheed não respondeu imediatamente a uma pergunta sobre se acredita que seu satélite ainda conseguirá alcançar sua órbita ou sobreviver ao acidente.
"Ainda estamos coletando e analisando todos os dados para confirmar o status da carga", disse um porta-voz da Firefly por e-mail.
O acidente é uma das quatro falhas da Alpha desde seu primeiro voo, em 2021. A Firefly, que obteve um sucesso extraordinário ao pousar na Lua em março, tenta construir seu principal negócio de lançamento em um mercado dominado pela SpaceX, de Elon Musk.
Enquanto a nave Alpha subia ao espaço nesta terça-feira, uma transmissão ao vivo da empresa mostrou várias partículas se desprendendo do foguete após a separação dos estágios, enquanto o segundo estágio impulsionava o satélite Lockheed para o espaço. Os dados de altitude e velocidade na tela haviam desaparecido momentos antes, mais cedo do que o normal.
Uma câmera no segundo estágio mostrou o motor funcionando, mas aparentemente sem o bocal, enquanto o propulsor do primeiro estágio caía à deriva a quilômetros de distância, de volta à Terra. O satélite da Lockheed permaneceu intacto e preso ao segundo estágio enquanto balançava em movimento circular, com o horizonte da Terra ao fundo oscilando.
"Um pouco de movimento ali", observou um dos dois âncoras da transmissão ao vivo, que não reconheceu nenhum problema com o voo.
A missão foi a primeira de um acordo entre a Firefly e a Lockheed, abrangendo até 25 missões nos próximos cinco anos. A carga útil desta terça-feira foi um satélite autofinanciado pela Lockheed, chamado LM 400 Technology Demonstrator, com o objetivo de promover tecnologias espaciais e reduzir riscos para seus clientes, como o Pentágono.
(Reportagem de Joey Roulette)
((Tradução Redação São Paulo))
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