29 Abr (Reuters) - Os Estados Unidos impuseram nesta terça-feira sanções a uma rede sediada no Irã e na China acusada de adquirir ingredientes para propulsores de mísseis balísticos em nome da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, enquanto o governo do presidente Donald Trump busca aumentar a pressão sobre Teerã.
Em um comunicado, o Departamento do Tesouro dos EUA disse que tinha como alvo seis entidades e seis indivíduos como parte da ação, que ocorre no momento em que o governo Trump relançou as negociações com o Irã sobre seu programa nuclear.
"O desenvolvimento agressivo de mísseis e outras capacidades de armamento por parte do Irã coloca em risco a segurança dos Estados Unidos e de nossos parceiros", disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent.
"Ele também desestabiliza o Oriente Médio e viola os acordos globais destinados a impedir a proliferação dessas tecnologias. Para alcançar a paz por meio da força, o Tesouro continuará a tomar todas as medidas disponíveis para privar o acesso do Irã aos recursos necessários para avançar seu programa de mísseis."
A ação de terça-feira teve como alvo cinco empresas sediadas na China, uma empresa sediada no Irã e seis pessoas sediadas no Irã. O Tesouro acusou a rede de facilitar a aquisição de perclorato de sódio e sebacato de dioctilo da China para o Irã.
O perclorato de sódio é usado para produzir perclorato de amônio, que, juntamente com o sebacato de dioctila, pode ser usado em motores de foguete de propulsão sólida, que, segundo o Tesouro, é comumente usado em mísseis balísticos.
A medida de terça-feira é a mais recente ação contra Teerã desde que Trump restaurou sua campanha de "pressão máxima" sobre o Irã, que inclui esforços para reduzir suas exportações de petróleo a zero para ajudar a impedir que Teerã desenvolva uma arma nuclear.
(Reportagem de Daphne Psaledakis e Katharine Jackson em Washington)
((Tradução Redação São Paulo))
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