HONG KONG, 28 Abr (Reuters) - O primeiro grupo de pessoas presas no histórico julgamento de segurança nacional de Hong Kong contra "47 democratas", acusados de conspiração para cometer subversão, foi libertado na terça-feira (ainda segunda-feira no Brasil), após elas ficarem detidas por mais de quatro anos.
A mídia local informou que quatro ex-legisladores pró-democracia -- Claudia Mo, Kwok Ka-ki, Jeremy Tam e Gary Fan -- seriam libertados de três prisões diferentes em Hong Kong.
Uma testemunha da Reuters do lado de fora da Prisão de Stanley, onde Kwok e Tam estavam detidos, viu vários veículos partindo pouco antes do amanhecer. Um policial disse aos repórteres que eles haviam saído. Veículos também foram vistos saindo da Prisão de Shek Pik, mais remota, na Ilha de Lantau.
Desde que grandes e contínuos protestos pró-democracia eclodiram em Hong Kong durante a maior parte de 2019, a China tem reprimido a oposição democrática, bem como a sociedade civil liberal e os meios de comunicação, com base em leis abrangentes de segurança nacional.
Os 47 ativistas pró-democracia foram presos e acusados no início de 2021 de conspiração para cometer subversão, sob uma lei nacional imposta por Pequim que pode até resultar em penas de prisão perpétua.
Quarenta e cinco deles foram condenados após um julgamento exaustivo, com penas de até dez anos. Apenas dois foram absolvidos.
(Reportagem de James Pomfret, Jessie Pang, Anne-Marie Roantree e Tyrone SiuChang)
((Tradução Redação São Paulo))
REUTERS FDC