Por Jody Godoy
28 Abr (Reuters) - A chefe da divisão antitruste do Departamento de Justiça dos EUA apresentou uma visão para o programa "America First" (América Primeiro) em seu primeiro discurso público nesta segunda-feira, defendendo que ele é uma maneira de impedir a regulamentação corporativa.
Uma aplicação robusta das leis antitruste, incluindo a fiscalização de fusões, é necessária como um freio ao livre mercado que, em última análise, beneficiará os consumidores, disse a procuradora-geral assistente Gail Slater, em comentários preparados para serem proferidos na Universidade de Notre Dame, em Indiana.
"Antitruste nos Estados Unidos é aplicação da lei. Não é regulamentação", disse ela.
Os comentários mostram que os responsáveis pela aplicação da lei antitruste de Trump planejam seguir em frente, apesar da expectativa anterior dos críticos da abordagem do ex-presidente Joe Biden de que o entusiasmo em bloquear fusões e desafiar supostos monopólios esfriaria sob o comando do presidente republicano.
A aplicação das leis antitruste "é a abordagem preferida dos conservadores do America First para curar os males do mercado" e pode evitar a necessidade de regulamentação de setores após eles se tornarem muito consolidados, disse Slater.
Slater e Andrew Ferguson, seu colega na Comissão Federal de Comércio dos EUA, pediram às empresas e ao público que identifiquem regulamentações que impeçam a concorrência, para que possam ser potencialmente revogadas.
A chefe antitruste do Departamento de Justiça também afirmou que os monopólios das grandes companhias de tecnologia "estão levando os republicanos a se distanciarem das grandes empresas -- sob a liderança do presidente Trump --, em direção à classe trabalhadora, que está reconectando o partido com suas raízes".
(Reportagem de Jody Godoy em Nova York)
((Tradução Redação São Paulo))
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